Cecília Gomes aos trinta e dois anos tem a vida que a maioria das mulheres anseia em ter, um casamento duradouro, um marido rico e com fama o suficiente para os dois, uma bela casa num condomínio fechado com toda segurança que o sistema de controle...
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_ a pressão dela está estável agora, fora de perigo não conseguiu avisar ninguém da família dela? - perguntou Arthur depois de atender Cecília, não deixei que ninguém chamasse ninguém da família dela.
Queria poder entender o que tinha acontecido com ela, e se fosse mais uma obra do marido eu iria esquecer as boas maneira e iria acabar com o desgraçado. Mais não foi nenhuma agressão, talvez tivesse sido melhor no caso dela.
_ ela acabou de passar por uma curetagem, precisa de ajuda psicológica Daniel, por isso a pressão dela subiu demais e ela desmaio, foi um aborto. - disse ele, suspirei passando a mão pelos cabelos, então ela estava mesmo grávida. Infelizmente ele morreu.
_ quero os exames dela aqui na minha mão - pedi a enfermeira, queria sabe se ela ainda poderia ter filhos. Se não tinha causado algum dano.
Arthur me encarou preocupado.
_ você a conhece?
_ sim, ela é uma amiga..obrigada pelos cuidados vou cuidar dela agora. - disse a ele o dispensando antes mesmo que ele viesse com mais conversar.
Voltei para perto de Cecília e ela ainda dormia, seu aborto e seu estado me afetou bastante, pois ela estava sofrendo pude ver isso em seu olhar quando ela me viu. Sabia o quanto aquele bebê significava para ela, e agora não tinha mais nada.
Só não entendia porque ela estava aqui, porque veio para esse hospital num momento tão delicado. Não queria ter esperança de que ela tivesse vindo me ver, e nem podia. Cecília e eu não poderíamos ter mais nada.
Estava ali apenas por consideração a ela, cuidaria como médico dela, nada a mais que isso, disse isso na minha cabeça várias vezes para poder acreditar. Peguei em sua mão e fiz um singelo carinho.
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_ vai ficar tudo bem agora Cecília, estou aqui com você - disse colocando a mão dela no lugar de novo.
♡♤♡♤♡♤ CECÍLIA GOMES
Acordei numa cama de hospital, não me lembrava direito o que tinha acontecido, nem onde estava. Me lembrava da notícia e meu primeiro impulso foi tocar em meu ventre vazio, seco e insignificante.
