Assim que cheguei no hospital entrei procurando logo Marcelo, eu estava molhada da praia ainda e pior estava grudenta precisava de um banho mais queria saber antes o que tinha acontecido.
Me indicaram onde ficava a sala de espera e todos estavam lá, marcella abraçada com meu sogro, os dois estavam em oração pela filha, Victor estava ao telefone mais assim que entrei seus olhos foram direto para mim, mais ele não sorriu, não era o momento.
Marcelo me encarou assim que entrei, desaprovando de imediato o meu estado de estar num hospital.
_ onde você estava, não disse que estava fazendo compras? Devia ter ido em casa antes Cecília que vergonha. - ele me repreendeu e bufei o calando.
_ agora não Marcelo, como ela está o que aconteceu? - perguntei querendo saber logo de tudo.
Victor veio até nos já sem o celular, ele estava com a camisa do terno apenas sem paletó e os cabelos estavam bagunçados, era o único que não é importava se eu estava molhada ou não.
_ minha mãe não sabe, apenas disse que encontrou ela no chão da escada. Deve ter escorregado, não sabemos de nada no momento. - explicou Victor todo sério, Marcelo passou a mão pelos cabelos e suspirei. Coitada da Esther.
_ já avisaram pro marido dela ele está vindo? - queria saber, porque ele tinha que saber o que estava acontecendo com a esposa e a filha dele.
Os dois irmãos se entre olharam e fiquei sem entender do que se tratava.
_ o que foi?
_ Cecília a Esther não tem mais marido, eles estão separados a mais de meses, por isso ela voltou pra casa, ele tem outra mulher - respondeu Marcelo indignado, agora entendia tudo que estava acontecendo a vinda ligeira dela para casa, ainda mais nas últimas semanas de gestação.
Não havia mais casa lá, e nem marido, apenas a filha que talvez ela não quisesse que crescesse longe de suas raízes. Esther devia estar muito abalada, comecei a pensar que ela tivesse se jogado da escada, mais isso era demais para minha cabeça. Ela não faria isso, não iria por em risco a vida da filha.
_ ela vai sair dessa, vamos torcer. - disse confiante, Marcelo apenas balançou a cabeça e se afastou indo até os pais. Me sentei um pouco afastada deles.
Eles precisavam desse momento em família, eu parecia mais uma estranha no meio deles. Comecei a pedir a Deus que não deixasse nada acontecer com as duas. Esther era boazinha pensei que ela tivesse conseguido ser feliz com seu gringo. Bom, ela parecia feliz talvez fosse igual eu e seu irmão, fingiamos um casamento feliz para os outros quando na verdade era uma máscara da qual estava quase caindo.
Suspirei tensa, não gostava de hospitais muito menos quando alguém querido estava em risco nele. Esther era querida para mim, a única que me dava bem, queria que ela melhorasse e sua filha também as duas podiam recomeçar aqui, tinha muitas chances disso acontecer.
As horas não passavam e o clima entre a família só aumentava, meu sogro falava com os amigos médicos que conhecia mais nenhum deles sabia de nada, minha sogra ficava ainda mais aflita e chorava muito, tentei ficar perto dela, mais Marcelo não deixou.
Minha pele começou a coçar e a arder por conta da água salgada, Victor me trouxe outro copo com café e eu já estava começando a ficar com azia de tanto café.
_ você precisa de um banho Ceci, você está parecendo um camarão - comentou ele enquanto bebia o café, Victor não perdia uma oportunidade.
_ quero saber como ela está antes de ir.
_ isso aqui vai demorar, vamos ter mais uma seção de choro e pânico dos velhos.
_ você não muda nem nesses momentos, ela é sua irmã.
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liberta-me
RomanceCecília Gomes aos trinta e dois anos tem a vida que a maioria das mulheres anseia em ter, um casamento duradouro, um marido rico e com fama o suficiente para os dois, uma bela casa num condomínio fechado com toda segurança que o sistema de controle...