capítulo 16

42 2 0
                                    

Passei três semanas na fisioterapia, meu pulso não doía mais como antes e estava menos inchado, mais eu ainda tinha que continuar usando a tala para não magoar em algum lugar.

Minha fisioterapeuta me liberou para movimentos leves, não iria dirigir por enquanto o que eu tinha detestado saber pois ficava dependendo de táxi ou de Marcelo que tinha que me levar e me trazer do médico toda vez. Eu não gostava de ter que depender dos outros para sair, gostava de ir livremente.

Por enquanto não podia. Hoje tinha outro jantar de família na casa dos gomes, Marcelo tinha que me levar para não dar nas vistas para sua família de que não estávamos bem. Eu tinha que me arrumar e controlar meus nervos para aturar essa noite.

Quando estava saindo do hospital fiquei mexendo no celular enquanto caminhava e acabei esbarrando em alguém no corredor antes dos elevadores.

_ opa! - quando levantei a cabeça Daniel estava me olhando sorrindo, estávamos tão próximo que conseguia sentir o cheiro de bebê nele, o que era estranho.

_ desculpe eu estava distraída nem vê você - me expliquei guardando o celular no bolso, Daniel se afastou um pouco para me dar espaço.

_ bem distraída, veio se consultar? - perguntou ele curioso, sempre tentando saber o que eu estava fazendo e sem pressionar.

_ na verdade sim, e você veio se consultar também? - joguei sorrindo, ele deu uma risada leve colocando as mãos dentro os bolsos do jaleco. Que era decorado com alguns bichinhos.

_ vim ver minhas crianças, estou aqui todas as quintas - explicou ele todo atencioso.

_ suas crianças? - não entendi bem essa parte será que ele tinha filhos.

_ sim as da pediatria, sou pediatra aqui nas horas vagas, melhor parte do meu trabalho depois de colocar elas no mundo é claro - ele sorriu orgulhoso e se mesmo.

Sempre ficava corada quando ele falava de colocar crianças no mundo, podia ser uma forma comum dele falar, mais para mim parecia ser algo a mais

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sempre ficava corada quando ele falava de colocar crianças no mundo, podia ser uma forma comum dele falar, mais para mim parecia ser algo a mais.

_ ah sim, você gosta das criancinhas deve ser divertido não? - perguntei me interessando.

_ porque não vem comigo, claro se não estiver muito ocupada te mostro minha diversão das quintas - Daniel estava mesmo me convidando para ver ele atendendo as crianças?

_ não sei se seria correto, podem achar errado eu ficar lá observando as consultas. - comentei pois era mesmo errado, eu seria uma intrusa.

_ vai ser minha ajudante, vem vai ser divertido - chamou ele caminhando para o elevador. A área da pediatria ficava no quinto andar. Daniel e eu entramos no elevador e ele mexia constantemente as mãos no bolso como se algo o agarasse dentro dos bolsos.

_ chegamos vem - ele me chamou assim que a porta se abriu, o acompanhei entrando na área da pediatria. Já podia ouvir os choros e barulhos e crianças falando e brincando, por onde Daniel passava ele distribuía sorrisos e era gentil com as pessoas.

liberta-me Onde histórias criam vida. Descubra agora