37 - Despertar

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Olá, amores, saudades de vocês! Enfim de volta ao nosso plot amado. Posso não estar trazendo aquele boom de atualizações, mas eu não abandonei a fic.

Obs: o Whatbug removeu o capítulo que eu publiquei ontem (tem acontecido muito) e eu vi agora que entrei para responder alguns comentários. Enfim, desculpem o transtorno.

Por muito tempo, tudo o que havia era o silêncio completo e absoluto

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Por muito tempo, tudo o que havia era o silêncio completo e absoluto. Nenhum único ruído capaz de despertar a consciência de Katsuki, apenas a sensação de entorpecimento. Então seus dedos se moveram e ele começou a ter uma ligeira noção dos tecidos sobre seu corpo, a sensibilidade retornando aos poucos à medida que as pálpebras se abriam e fechavam, protestando contra a agressividade das luzes incandescentes. A garganta estava seca e respirar parecia uma tarefa quase opressora. 

O que tinha acontecido? Porque estava em um hospital?

Aos poucos, memórias de Eijiro lutando contra um brutamontes invadiram sua mente e o fizeram resfolegar em pânico. Katsuki se lembrou de ter intervido na luta, de estar pulando ao redor do desgraçado enquanto detonava explosões e de ter sido capturado. 

Trincou os dentes em dor ao lembrar que o cara o tinha nocauteado na base da porrada. Momentos terríveis aos quais não queria reviver. O ambiente ao redor ainda era silencioso e ele colocou a mão na cabeça, buscando os aparelhos que não estavam lá. Obviamente deveriam ter sido danificados durante a luta. 

Ainda zonzo, tentou se levantar, mas os músculos estavam um tanto destreinados, moles. Uma mão tocou seu braço e Katsuki virou o rosto para encontrar os olhos familiares de seu pai que gesticulou em sinais de libras para que ele não tentasse se movimentar. Masaru se levantou e vasculhou a bolsa sobre a mesa de canto que havia no quarto. Voltou trazendo uma caixa pequena de onde tirou um aparelho auditivo similar ao que Katsuki usava em batalha. O mundo se encheu novamente de ruídos baixos e agudos que os ouvidos danificados não eram capazes de captar segundos antes.  

— Os médicos disseram que era melhor deixar que você acordasse naturalmente, por isso não colocamos o aparelho em você. 

— Como está o Eijiro? 

— Bem, e vivo. — o olhar dele tornou-se um tanto distante e Katsuki sentiu o coração apertar ao perceber essa mudança. Seu pai sempre fora muito transparente quanto as emoções. 

— Porque está com essa cara, pai? 

Masaru tentou sorrir para esconder o nervosismo, mas falhou. 

— Ele está machucado? — Katsuki perguntou, engolindo em seco pela expectativa que fazia seu estômago revirar. Estar vivo não significa não ter sofrido muitos ferimentos — Entubado? Em coma? Droga, pai! Me conte de uma vez. 

— Se acalme, Katsuki, você ainda está se recuperando. 

— Como posso me acalmar se você não me conta logo o que diabos está acontecendo? — vociferou, ansioso. 

Nosso Segredo (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora