21 - Estafa

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Oi, oi, oi! Aqui estou eu de novo para mais um capítulo, o quarto é último do dia. Estou amando a maneira como o plot está fluindo.

Katsuki desligou o celular, segurando-o com tanta força que ouviu o leve estalar do vidro da tela que trincou

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Katsuki desligou o celular, segurando-o com tanta força que ouviu o leve estalar do vidro da tela que trincou. Precisava respirar, beber água e se acalmar antes de sair ou ia acabar cometendo um crime de ódio antes mesmo que o dia findasse. 

— Algum problema, Kacchan? — Deku o encarou curioso e solícito como sempre. 

Mais algumas respirações pesadas e um soco aleatório na parede o ajudaram a se acalmar. Ele abriu a boca, bufou e, depois de estalar os dentes, engolindo à força um palavrão que Deku não merecia escutar, disse: 

— Adivinha. 

— Os gêmeos. — concluiu sem muita surpresa. 

— Sempre eles. Não me dão um dia de paz nesse inferno de vida! É sempre uma travessura, ou ideia estúpida que quebra alguma coisa ou arranja confusão com os outros pais. — reclamou, estafado — Eu não aguento ter que arcar com as despesas que eles me arrumam, ser chamado na escola o tempo todo.

Izuku concordou maneando a cabeça enquanto o escutava. Ele sempre foi um bom ouvinte para escutar os desabafos alheios, ainda que Katsuki nunca admitisse em voz alta e bem poderia ajudá-lo a gastar um pouco a raiva antes de realmente ir para a escola não fosse a extrema exaustão que estava sentindo até mesmo para reclamar. 

— Porque não deixa o Kirishima resolver dessa vez?

Um sorriso descrente e incrédulo, sem graça alguma, escapou dos lábios de Katsuki. 

— 'Tá me sacaneando, Deku? Sabe tão bem quanto eu como ele é nesses momentos. Ele vai fechar a cara, censurá-los por dois segundos antes de ceder. É muito mole para isso. 

— Isso é verdade. — murmurou consigo mesmo, o olhar baixo enquanto segurava o próprio queixo — Ele não consegue brigar com os filhos. 

— Não. Ele sempre cede porque não consegue ser o pai que briga e impõe limites e acaba ficando para mim esse trabalho — sentiu raiva apenas de lembrar todos os momentos e brigas que já tiveram por conta daquela situação — De qualquer modo, eu tenho que ir, o diretor está me esperando.  

— Quer que eu vá com você? 

— Não precisa, você é outro que adora tomar as dores deles. 

— Não é bem assim! — protestou, ofendido, correndo para alcançá-lo — Eu sempre te ajudei a colocar limites nos dois, do jeito que pediu. 

— Certo, vamos fingir que eu não sei das vezes que os liberou de castigo por não conseguir lidar com os olhos pidões deles. 

— Quem te contou isso? 

— Eu tenho meus informantes e eles trabalham pelo preço certo. 

— Foi a Naomi, não é? Ela disse que não contaria se eu desse o vestido de princesa que ela queria. — resmungou, inconformado por se sentir traído. 

Nosso Segredo (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora