27 - Perda

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Pois é, amades, esse aqui foi doído para escrever. 

A notícia sobre Yusuke havia deixado Eijiro animado e ele mal conseguia imaginar o quão orgulhoso Katsuki ficaria

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A notícia sobre Yusuke havia deixado Eijiro animado e ele mal conseguia imaginar o quão orgulhoso Katsuki ficaria. Estava ansioso para contar à ele e foi difícil conter o desejo crescente de ligar para ele e contar logo a novidade. 

Seu caçula, o mesmo que ambos temiam não avançar por conta do comportamento arredio e estranho, podia ser na verdade um gênio e isso o deixava tão entusiasmado que não conseguia parar de sorrir um minuto sequer. 

Tinha sido um refrigério para sua mente tumultuada e ajudou a limpar um pouco da angústia de saber o que Hikari tinha falado para o pai, ainda que lembrar daquilo o fizesse se sentir terrivelmente entristecido. 

Pelo menos uma notícia boa naquele mar de confusões e discórdia. 

O primeiro indício de que algo estava errado veio na hora do almoço. Tinha retornado a agência para poder pegar um cartão que provavelmente caíra no armário quando pegou a carteira mais cedo e o borburinho na sala de Shoto chamou sua atenção.

Preocupado com a possibilidade de algo ruim ter acontecido ao amigo ele se aproximou, solícito. 

— Alguma coisa errada, Shoto?

Foi estranho, totalmente atípico. Os olhos heterocromáticos fitaram os seus com uma espécie de sentimento estranho que fez uma sensação de pegajosa aflição rastejar pelo estômago de Eijiro. É raro perceber Shoto demonstrar qualquer sinal de perturbação sentimental, na maioria das situações ele permanece com uma aura inabalável, como se pudesse suportar toda a dor sem gritar por mais tempo do que qualquer outro ser humano.

Dessa vez, no entanto, ele parecia um tanto consternado, dispensou os demais funcionários que estavam na sala e se aproximou de Eijiro, acenando para que o seguisse. 

— Você está em horário de almoço?

— Sim. Aconteceu algo muito sério? 

— No carro eu explico. 

Ainda confuso e assustado, Eijiro o seguiu. Antes de saírem da agência, porém, Eijiro passou no próprio armário e pegou uma regata preta que se ajustava ,perfeitamente ao seu corpo, cobrindo o dorso desnudo. O pedido partiu de Shoto e foi outro motivador para o pânico que começava a querer se instalar no coração de Eijiro. 

Entraram no carro de Shoto ainda em silêncio e ele ligou o motor, fechando as janelas e travando as portas antes de guiar para fora do estacionamento. Outro alerta se acendeu na mente de Eijiro uma vez que o amigo não se importa muito com descrição. 

— Se demorar um pouco mais para revelar esse segredo eu vou acabar morrendo de ansiedade aqui. — brincou, nervoso, na intenção de iniciar a conversa. 

Shoto não é exatamente a melhor pessoa para dar alguma notícia, principalmente as sérias e era óbvio que a informação tinha esse potencial. O silêncio soturno dele apenas alimentava os demônios interno de Eijiro.

Nosso Segredo (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora