34 - Pressão

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Então gente, eu tenho estado meio ausente nos últimos dias pq a minha cabeça anda fodida. Hoje eu consegui sentar e escrever um capítulo inteiro, mas não tive o ânimo para betar.

Espero de coração que esteja bom.

Eijiro sentia-se completamente inútil

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Eijiro sentia-se completamente inútil. Não havia o que fazer, nem como recorrer de modo mais ativo do que as medidas que já estavam sendo tomadas. A situação era simplesmente desesperadora não importasse o ângulo que se encarasse. 

Foi um choque para todos quando Yusuke acompanhou os agentes do governo por vontade própria. Eijiro estava pronto para lutar e evitar que ele fosse levado, teria matado qualquer um que tentasse tirar o caçula de sua guarda, não importando as consequências, tampouco a ordem judicial. 

Não pode, contudo, lutar contra o próprio Yusuke. O poder dele era debilitante, desarmava e mantinha o corpo dos demais sob uma força impossível de ser contida. Eijiro experimentou por si mesmo e só sentiu a força retornar minutos depois, quando já não era possível alcançá-los. Foi necessário ajuda de Izuku para poder soltar os pés que estavam presos ao concreto. 

Eijiro ainda tentou impedir o inevitável, correndo para fora do hospital em busca de alguma pista. Percorreu a pé mais de cinco quilômetros sem rumo, apenas desesperado demais para parar. Os músculos estavam anestesiados, respondendo de modo vacilante. De algum modo a peculiaridade de Yusuke parece roubar a capacidade do corpo de responder adequadamanete aos estímulos após ser libertado. 

Sero que estava em campo o deteve enrolando-o em alguns metros de fita enquanto o acalmava. Deku estava atrás, bem como Mina, todos tentando fazê-lo parar e sentar. Ele obviamente resistiu e lutou contra a ideia. Se parasse, Yusuke iria se afastar para sempre, era o que sentia. 

Como poderia encarar Katsuki nos olhos de novo depois de deixar que o caçula fosse levado por agentes do governo, para um lugar desconhecido, fazer sabe-se lá o quê? Sua mente caótica só conseguia criar cenários assustadores onde Yusuke era usado como uma espécie de cobaia em experimentos bizarros. 

Sua instabilidade rendeu alguns vídeos e certa comoção entre os transeuntes e demais heróis em patrulha. Alguns se abalaram com seus estado emocional e simpatizaram com a situação. Outros apenas diziam que ele estava criando uma cena desnecessária, o governo saberia lidar com uma criança descontrolada sem o ferir e, se o fizesse, seria para um bem maior, afinal não tinha como confiar que tudo permaneceria bem depois que a individualidade foi revelada. 

— Kirishima, não dá para simplesmente sair correndo assim, sem pensar! — Izuku o interpelou, segurando em seus ombros e o balançando para que olhasse em seus olhos. Eijiro estava em pânico, resfolegando enquanto sufocava em preocupação — Nós vamos dar um jeito! Vamos apelar para o juri se necessário. 

— Não vai funcionar, eles não vão devolver o Suke! Nunca mais. Eu sei disso. Sinto isso. 

— Eu sei que está assustado, todos estamos com medo, mas temos que ser racionais. 

Nosso Segredo (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora