Aos poucos, Katsuki consegue compreender e aceitar a si mesmo, desligando-se das amarras que o prendiam às aparências. Sua postura e concepção em relação à própria identidade de gênero passam por uma reformulação e seus conceitos amadurecem ao ponto...
Primeiramente quero agradecer a todos que acompanham a história e sempre comentam, vocês são amorzinho.
Agora agradecer a @machado que teve a paciência de fazer as conversas fake pra mim. Te amo ♥️
Agora bora morrer de amores com a nossa family?
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Há alguns dias Hideki estava estranhamente choroso. Se recusava a comer, reclamava de tudo e estava até mesmo rejeitando o colo e brincadeiras de Eijiro que só faltou chorar inconformado por estar sendo ignorado pelo filho.
Até mesmo Hikari notou a diferença e se aproximava do irmão com o semblante confuso, como se estivesse estranhando o fato dele não segui-lo ou conversar com ele.
Naquela tarde ele estava ainda mais irritado, reclamando e chorando estressado enquanto enfiava os dedos na boca, salivando mais do que o normal. Eijiro que estava trocando a fralda de Naomi parou um momento para observar a interação de ambos, tenso pelo comportamento arredio do pequeno que resmungava como se xingasse, com o cenho franzido enquanto mordia o dedo indicador com a gengiva.
Hikari engatinhou e sentou ao seu lado o fitando como se perguntasse algo. Estressado Hideki o ignorou quando ele ofereceu o brinquedo que pegou no tapete, tirando a mão da boca e subindo aos cabelos enquanto puxava os fios, gritando incomodado. Mais do que depressa, Eijiro terminou de colocar a fralda em Naomi que rolou para pegar um brinquedo e se aproximou do pequeno que abriu os braços pedindo colo assim que o viu perto.
- Não chora, meu bebê, o que está te deixando nervoso, hein? - conversava com ele tentando acalmá-lo, mas ele apenas chorou mais alto, colocando a mão dentro da boca mordendo os dedos enquanto resmungava irritado, quase bufando.
Eijiro olhou para o relógio, sentando para acolher Hikari que subia em suas pernas pedindo colo também. Faltava uma hora para o turno de Bakugou terminar e ele voltar para casa, logo ele teria que sair para trabalhar, mas não estava nem um pouco a fim de deixar o filho choroso até descobrir o motivo. Ligaria para Iida e pediria para ele cobrir seu turno.
Enxugou o rosto dele com um pano, estranhando a quantidade exagerada de saliva e decidindo que seria melhor dar um banho nele para deixá-lo mais relaxado. O problema é que não dava para dar banho em apenas um quando estava sozinho, então se desvirou para pegar os três e levar para o banheiro onde se revezou entre preparar a banheira e olhá-los.
Hikari não podia ver um lugar novo para explorar que entrava quase em desespero, fuçando em tudo o que encontrava e Hideki faria o mesmo se não estivesse tão choroso. Já Naomi se entretinha com um pato de borracha, dando alguns gritinhos extasiados enquanto o apertava.
Felizmente Bakugou sempre deixava tudo o mais organizado possível, então foi fácil encontrar os itens. Encheu banheira, o suficiente apenas para cobrir as perninhas e foi despindo um a um e colocando lado a lado na banheira. Usando uma ducha passou a molhar os cabelos deles, esfregando-os pacientemente. Cuidar dos bebês era como trabalhar em uma indústria: haviam etapas a serem seguidas para que o resultado final não demorasse e fosse satisfatório.
