22 - Limites

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Ora pois, deu para trazer mais um hoje! Amém, irmãos!

Cinco hoje, meus anjus mimados. Obrigado pelos comentários, eu li todos e morri de rir, agora vou voltar para responder 💖

 Obrigado pelos comentários, eu li todos e morri de rir, agora vou voltar para responder 💖

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As crianças notaram o clima estranho que se instalou nos dias seguintes. Hikari e Hideki até mesmo deram uma pausa nas artes para não aumentar a tensão que estava cercando-os nos últimos tempos. 

Como de costume, Eijiro logo esqueceu os conflitos e intensidade da última briga e começou a agir como sempre, sorridente e brincalhão. Ele beijava e abraçava Katsuki que não o repudiava, conversando com aquela agitação que lhe era tão típica enquanto contava as novidades.

O olhar de Eijiro deixava claro que estava percebendo a distância entre os dois aumentar gradativamente, o fato de Katsuki estar agindo de modo mais reservado, com menos calor nas respostas. 

A verdade é que Katsuki não tinha mais disposição para brigar, cansado e um tanto morto por sentir que todos seus esforços acabavam em nada. 

Aos poucos a rotina voltou ao normal, mesmo com Katsuki desmotivado. A vida não para porque você está sentindo-se vazio e sem perspectivas, então ele apenas seguiu, ignorando a vontade de apenas sentar e permanecer imóvel diante daquela esmagadora e paralisante angústia. 

Eijiro tentou animá-lo e ele sorriu em resposta, grato por ele se preocupar ao mesmo tempo em que queria chacoalhá-lo para que entendesse. Não adiantava reclamar, ia apenas desencadear mais uma sessão de discussão e ele não estava a fim de brigar com Eijiro. 

Percebeu então que tinham se tornado amigos. A intimidade entre eles era privilegiada, mas trocavam apenas beijos simples. Libido morna e vida sexual sem graça. Não haviam mais olhares, arrepios por causa do toque, provocações e desejo em se perder nos braços do outro.

Tudo era carinho, toques quase fraternais. 

Isso o frustrava ainda mais. 

No final de mais alguns meses, com algumas brigas onde, de vez em quando, ele se deixava perder em raiva absoluta para depois cair no desânimo, Katsuki já não tinha mais perspectivas. Aquela rotina o estava matando e não podia mais lidar com isso, foi então que reuniu coragem para ter a conversa definitiva com Eijiro, a mesma que vinha protelando há meses. 

Foi no final de mais uma noite de discussões acaloradas e troca de veneno.

Já não tinha mais condições de continuar naquele embate, lutando contra Eijiro. Ele o amava de todo o coração e jamais esqueceria o quão importante ele foi para si, mas tinha que dar um basta em tudo aquilo. As brigas estavam fazendo mal não apenas aos dois, seus filhos também sofriam com a relação conturbada dos pais e os encaravam ansiosos, sustendo o ar ao perceber que eles iam brigar mais uma vez. 

Por isso, Katsuki precisava tomar uma decisão, ainda que a ideia de viver sem Eijiro doesse e o fizesse querer desaparecer dentro do próprio cu. Para tudo há um limite, e até mesmo as estações mais belas e floridas do ano uma hora terminam. Ciclos servem para renovar o que já não é mais funcional e ele estava chegando ao final de um muito importante em sua vida. 

Nosso Segredo (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora