28 - Resistir E Superar

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Hello, amgs, turopom?

Olha, esse capítulo está cheio de emoções, leiam devagar e se hidratem. O final é fofinho, podem acreditar 💗💗💗💗

 O final é fofinho, podem acreditar 💗💗💗💗

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No final de tudo, Eijiro estava certo. Ele sempre estava quando o assunto eram os surtos de Katsuki, pois conseguia ver o que o próprio Katsuki não conseguia por estar muito atolado em toneladas de ansiedade e pesar. 

Era Eijiro quem o resgatava daqueles abismos e, mesmo sabendo que essa dependência é um ponto ao qual tem que desapegar, ele estava mais do que satisfeito de ainda poder contar com alguém para o segurar quando já não tem mais forças para fazê-lo sozinho. 

Por toda a noite, Eijiro o abraçou e acalmou, repetindo incessantemente que aquela era apenas uma nova fase e Katsuki conseguiria vencê-la como já fizera tantas vezes antes. As palavras dele agiram como um catalisador para renovar a fé em seu coração, obscurecida pela frustração. 

Como supôs, Katsuki se reergueu. Após aceitar sua nova condição, ele buscou tratamento e encarou todo o processo sem se deixar abater novamente. Por mais que estivessem ansiosos para vê-lo falhar, não daria esse prazer à eles. 

A adaptação foi estranha e confusa no começo. O primeiro contato com o aparelho não foi o dos melhores e Katsuki teve que lutar contra todo o sentimento de incapacidade que o tomou naquele momento. Saber que precisaria usar aquele dispositivo para escutar o que os demais escutavam naturalmente fez um estrago em sua auto-estima.

Felizmente, Eijiro estava lá para o apoiar, como sempre fazia. A pressão em sua mão e o sorriso cálido foi o suficiente para que Katsuki reencontrasse a coragem dentro de si. Já havia enfrentado inimigos e situações muito piores, não seria vencido por apenas um pequeno aparelho e sua maldita teimosia e orgulho. Bastava encará-lo como um upgrade para a sua vida. 

Colocá-lo foi um trabalho confuso por conta da não familiaridade. Por fim, depois de muito esforço, ele permitiu que o otorrinolaringologista o ensinasse. A sensação era estranha e incômoda e o fez retorcer o rosto em desagrado. Porém, no momento em que o aparelho foi ligado, Katsuki paralisou, sustendo a respiração atônito enquanto encarava tudo ao redor. 

O som estava tão alto, cheio de detalhes. Ruídos agudos que já não ouvia há anos encheram seus ouvidos e ele não conseguia esconder o semblante pasmo e emocionado. 

O mundo havia se enchido novamente de sons minúsculos, complexos e há muito esquecidos. 

O que pensou que seria a pior experiência de sua vida estava se tornando, na verdade, outro ponto de partida. 

O médico respeitou o momento e ofereceu espaço à ele para que pudesse lidar com a primeira leva de sensações com privacidade. Katsuki escutou até mesmo o som de seu sapato raspando levemente o piso espelhado do consultório, um chiado agudo, baixo que não escutava há anos e somente agora se dava conta disso.

Nosso Segredo (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora