18 - Falhas e Acertos

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Olá, amades, estou aqui de novo trazendo mais um capítulo, dessa vez menor porque encerraremos uma fase para começar outra. Espero que se divirtam. 

Notas: 1) Nesse universo, as quirks apresentadas pelas crianças podem ter algumas características em comum com a dos pais ou ser completamente diferentes. 2) Eu literalmente acabei de escrever e estou lançando, então podem haver erros estúpidos. 

— A verdade é gente nunca pensa que algo assim pode nos atingir até a realidade bater no nosso rosto

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— A verdade é gente nunca pensa que algo assim pode nos atingir até a realidade bater no nosso rosto. — Kento fungou, os olhos marejados e vermelhos pelas horas de choro e angústia, a voz baixa, quase um sussurro.

Katsuki concordou sem ter o que adicionar àquela afirnação. Não tinha muito o que falar em uma situação assim, apenas concordar e acenar com a cabeça, e foi justamente o que ele fez. Por mais que ele desejasse oferecer uma palavra ou frase de apoio ele nunca foi bom em consolar os demais, sempre travando em situações assim, sem saber o que dizer, guardando as palavras antes de proferi-las justamente por achar que vai soar estúpido ou superficial demais.  

— Sabe — continuou, entrelaçando os dedos das mãos — Ela gostou de vocês desde a primeira vez que te viu na televisão. Dizia que gostava do seu temperamento, das suas expressões e, principalmente das suas explosões e da coragem que você tinha. Ainda lembro dela correndo pela casa apontando para as coisas e gritando kaboom, enquanto fingia explodir as coisas. — parou, rindo ao enxugar mais uma lágrima e Bakugou ofereceu um lenço, penalizado. Kento pegou, agradecendo e limpou o rosto, fungando novamente — Ao mesmo tempo ela tinha essa expressão, sabe? De distanciamento. Muitas vezes eu a surpreendi triste, e ela sempre disse que não era nada e... — suspirou, desistindo por causa do choro que iniciou e o fez completar com a voz embolada: — Eu achei que ia melhorar depois que ela começou a ter contato com você, ela estava realmente feliz e... eu não sei o que deu errado...

— Sinto muito por não ter conseguido fazer nada para impedir isso. — desviou o olhar, pressionado pela situação — Eu deveria ter prestado mais atenção nela. 

— Você não tem porque se desculpar, fez o melhor que pôde. 

O silêncio recaiu sobre eles e Bakugou observou os médicos e enfermeiras transitando sem muito interesse. 

— Resolvi voltar para a minha cidade natal. — ele se moveu, mais uma vez recomposto — Acho que talvez deixar o passado para trás ajude um pouco. 

Novamente, Bakugou concordou, desejando falar algo de interessante sem saber como abordar o assunto. 

(...)

Foram dias de terrível angústia e ansiedade. Katsuki não sabia lidar com os próprios sentimentos e acabou fechando-se em um casulo de consternação. Não conseguia falar sobre Miyah sem sentir-se travado e estúpido. As palavras simplesmente lhe escapavam e ele não sabia como externar toda sua frustração que fosse treinando ou lutando, momentos em que podia descontar parte do que estava preso em forma de adrenalina, compensando a falta de aptidão verbal com as habilidades. 

Nosso Segredo (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora