Galaxy Eyes - Book I《jjk+pjm》- (Reescrita)

Buraco Negro [27]

[Hellooo,
Demorei voltar, mas voltei. Se preparem que esse capítulo é punk. Não se esqueçam de votar e comentar na estória, boa leitura 💜 ]

- Me diz que é mentira... porque eu não acredito em uma palavra sequer desse homem. - Digo, pois é realmente o que sinto.

- Não é... - Ele nega com a cabeça à minha frente, baixando novamente o olhar. - Você sabe que é verdade... - a voz embargada diz.

Foi quando uma enxurrada de memórias, todas elas, finalmente vieram à tona.

Naquele dia, naquele laboratório, há cinco anos, eu soube que ele estava infectado.

ㅡ Por favor... me perdoa, Jimin. ㅡ Chorava em cima do mesmo, magro, ferido.

ㅡ Ele não consegue te ouvir, Jungkook. ㅡ Jackson disse se aproximando.

ㅡ Por quê? O que estão fazendo com ele?

ㅡ Ele está sedado. Seu pai, Jaehyun, convenceu os outros cientistas a manter ele assim. Pelo menos ele não sente nada, nem fica à beira da loucura nesse maldito lugar.

ㅡ O quê fizeram com ele? ㅡ Perguntei, ainda segurando firme o buquê.

ㅡ Acredite, garoto, você você vai querer saber. Mas nós temos alimentado ele escondido, não se preocupe ㅡ Sussurrava.

ㅡ Jeon... aquele desgraçado. Como ele pode fazer isso com alguém?

ㅡ Jungkook, você precisa sair logo daqui, se ele descobrir que você esteve aqui.

ㅡ Jungkook? O que faz aqui? ㅡ Jaehyun entrou na sala me questionando.

ㅡ Ah, senhor, eu deixei ele entrar.

ㅡ Jungkook, você precisa ir, anda. ㅡ Agarrou meu braço, me levando para longe de Jimin, fazendo aquela ser uma das últimas memórias que tive dele.

ㅡ Não, me deixe despedir dele ao menos.

ㅡ Você preci-

ㅡ Por favor ㅡ Implorei num sussurro, já sentindo lágrimas se formarem em meus olhos ㅡ Não sei quando vou poder vê-lo de novo.

ㅡ Tudo bem. ㅡ Ele finalmente soltou meu braço.

Eu sentia meu coração ser arrancado do peito a sangue frio, e talvez aquela foi uma das piores dores que senti na vida. E até mesmo essa analogia parece inútil se comparado ao que senti vendo a pessoa que mais amei e amo daquela forma. Minha impotência perante a situação agrava ainda mais minha agonia e desespero, somados também a incerteza de se algum dia depois do adeus, eu o veria novamente.

ㅡ Podem me dar um momento com ele, por favor?

ㅡ Jungkook, nós não podemos. Olha, me escuta, eu não tenho muito tempo, filho.

ㅡ Não me chama de filho! Eu nunca tive um pai... ㅡ Ordenei ao mesmo, já que me sentia abandonado.

ㅡ I-isso não é verdade. Eu nunca quis isso. Me escuta, Jungkook. ㅡ Segurou meus braços para que eu prestasse atenção. ㅡ Key, ele me ameaçou. Disse que se eu não sumisse da vida de você e sua mãe, iria matá-los, assim como a mim. Iria matar a todos nós. Você não conhece o Jeon. Aquele homem é capaz de tudo pra conseguir o que quer.

ㅡ Ele o quê? ㅡ confuso, questionei. Mas era apenas uma pergunta meramente retórica. Eu havia entendido exatamente o que Jaehyun disse, e por mais que eu tivesse plena consciência de que Jeon fosse mesmo capaz de fazer isso, entender, compreender que passo todo esse inferno por causa de um narcisista, me causa ódio.