H2FeO3ˈ [9]

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[Não resolvi publicar um capítulo novinho do zero do nada não né? Kkkkk sim, tô liberando um capítulo surpresa...
Não se esqueçam de votar no capítulo e comentar bastante...]

🚨ALERTA DE GATILHO🚨
Este capítulo contém menções de suicídio, gore e violência.

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ㅡ Nunca odiei tanto estar certo. ㅡ Disse entrando e se livrando dos sapatos. 

Jimin parecia em completa agonia, e eu sabia bem o porquê: suas roupas estavam sujas de sangue.

Ele parecia acostumado com aquilo, não fazia muito sentido permanecer com toda essa vontade de se limpar logo. Nada contra, não é que eu não goste de tomar um banho, é só que ele chega a tremer ao estar nesse estado.

ㅡ Eu ainda não entendo bem… não me lembro de já ter cruzado com algum assim, mas aparentemente, vários começaram a surgir. ㅡ Respondi, também entrando e me joguei em seu sofá de couro claro. 

O olhar de Park então pareceu uma lâmina afiada, me mirando e se fosse possível, eu teria sido degolado ali mesmo. 

Ele não precisou abrir a boca para que eu me levantasse. 

ㅡ Desculpa… vou limpar depois, não se preocupe. ㅡ Avisei antes de levar bronca por me sentar com a roupa da rua. 

ㅡ Tudo bem… ㅡ Suspirou ㅡ Eu acho que vacilei… saí um dia para buscar umas frutas em um lugar que tem algumas árvores. Eles devem ter me seguido naquele dia. Deve ser por isso que aqueles três apareceram aqui do nada. 

ㅡ Céus… eu… nem sei o que pensar. ㅡ Assim que me deu conta, Jimin havia desaparecido escada acima. 

Eu não precisava ser vidente para adivinhar que ele havia ido trocar-se ou tomar um banho, ou melhor, fazer os dois. 

E tratei de fazer o mesmo. 

E agora que tomo meu banho, encostado no box frio enquanto a água quente desce por minha pele, penso que ele não é tão ruim quanto parece, e deixá-lo naquela casa, não é mais uma opção. Park merece mais do que aquela solidão. Qualquer um merece mais que aquilo. 

Eu não sou nenhum psicólogo, tão pouco entendo de medicina, ou da mente humana, já que a minha é uma bagunça e nem eu me entendo, mas de uma coisa eu sei; Jimin possuía traumas que não parecia saber lidar, fazendo se fechar em uma caixa. Isso parecia mudar aos poucos. Quem não ficaria a beira de um colapso morando tanto tempo sozinho? E quando digo sozinho, é realmente sozinho, tendo como companhia apenas os fantasmas que parecem o assombrar. 

E caminhando de volta pro quarto enquanto seco meu cabelo, pensando em como queria uma tesoura, lembrar daqueles três e daquela mulher me faz ficar biruta. 

Eles não andam no Sol. Não são quietos quando vêm uma presa. Não sorriem, não dão risada, não demonstram qualquer resquício de calma.

Só sabem gritar, correr, e estraçalhar o que cruzar com eles. 

Não fazia nenhum sentido. 

Ainda não sabemos dizer se ainda são realmente humanos, e se uma cura fosse encontrada, eles voltariam a ser normais. Mas isso era loucura demais.

Talvez o vírus tivesse mudado, ou talvez algumas pessoas fossem mais resistentes a ele a ponto de não perder a sanidade completamente.

Apesar que usar a inteligência para conseguir arrancar as tripas de alguém, não parece muito saudável.

Galaxy Eyes - Book I《jjk+pjm》- (Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora