kärmə [10]

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[Cá estou de volta povoo.
Não se esqueçam de votar no capítulo e comentar bastante. Perdoem qualquer erro, o capítulo não foi betado.

Boa leitura 💜]

Um dos quadros haviam sumido da parede. Sei pois havia uma marca do tempo, mais clara. 

Jimin provavelmente conversava com a foto de seu pai. 

E pensando bem, analisando todas as minhas atitudes até aqui com relação à ele, me pergunto porque sempre agi tão fria e rispidamente com ele. 

Está certo que, eu acordei assustado do acidente, confuso, com dor, em um local que nunca havia visto na vida, e com um desconhecido ao meu lado, mas me arrependo de ter agido de tal maneira.

Jimin me salvou, cuidou de mim, fez tudo que podia por alguém desconhecido assim como ele era para mim. Trouxe alguém de fora para essa casa gigantesca e cheia de conforto, confiando que eu não iria atacá-lo a qualquer momento para tomar tudo. 

Ainda assim, continuei desconfiando, e o afastando de mim. E me sinto mal por isso. 

Sinto por não ser alguém que ele procura quando não está bem, ou quando quer desabafar, exceto naquele dia em que o abracei. Ele parecia muito querer dizer algo, ainda mais pela forma desesperada que me agarrava, como se pedisse ou implorasse por ajuda, ou para que eu ficasse.

E enquanto estou encostado aqui na porta de Park, percebo como meus pensamentos foram tomados por ele. Completamente. Tudo que penso e reflito é sobre ele, ou grande parte. Seja o odiando, ou me preocupando, como estou agora. 

Eu dormia e acordava pensando em Jimin, e muitas vezes, até em meus sonhos ele estava presente. 

Parecia loucura, que eu queria - e às vezes ainda quero - distância dele, e agora estou dormindo do lado de fora de seu quarto para me manter perto.

Acho que esse cenário caótico em que vivemos, me faz querer proteger todos que gosto. 

E sim, eu gosto de Park Jimin. Mesmo querendo socar a cara dele de vez em quando, mesmo ele sendo insuportável, debochado, metido e… tão meigo, cuidadoso, adorável. 

Mesmo ele fazendo eu me questionar a cada segundo que respiro, o que há comigo. Eu gosto dele, por mais que não pareça, somos amigos.

É bizarro o sentimento que tenho quando penso que ele pretende me levar de volta para Genesus, mas retornará sozinho. Não é o que quero. Quero ele por perto, seguro, sem precisar se preocupar se a comida irá acabar ou não, se algo irá invadir sua casa e matá-lo.

Minha cabeça se cansa de tanto pensar, tanto refletir e então sinto meus olhos finalmente pesarem, com o sono caindo sobre mim como um balde de água. 

ㅡ Jungkook? Está bem? 

Meus olhos se abriram de uma só vez, mas não foi a voz de Jimin que me fez despertar, e sim o impacto de minhas costas sobre o chão. Ele estava parado em pé, próximo da minha cabeça e demorei a assimilar que provavelmente ele abriu a porta que eu estava escorado.

ㅡ Estou… ㅡ fitei ele debaixo de suas pernas.

ㅡ O quê fazia na minha porta? 

ㅡ Eu estava… ㅡ Foi então que me toquei o quanto aquilo pareceria estranho.

Eu não podia simplesmente virar e dizer: Hey Park, você tentou se afogar ontem, e pra não te arrastar pro meu quarto e te amarrar lá pra não tentar nenhuma besteira, resolvi só dormir aqui. 

Ele me acharia maluco. 

Me sentei e cocei a cabeça tentando pensar em uma desculpa convincente. 

ㅡ Eu não conseguia dormir e vim dar uma volta no corredor pra ver se o sono voltava. Funcionou, pelo visto ㅡ Sorri me levantando.

Galaxy Eyes - Book I《jjk+pjm》- (Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora