C2H5OH [6]

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Eai amorinhas, como estão? Esse capítulo demorou, eu sei, mas tive uns probleminhas até conseguir revisá-lo e postar. Espero que gostem desse, e espero que supere as expectativas de vocês. Segurem o coração porque ele vai ser um pouco confuso de inicio.

Lembrando que no meu perfil tem o link pra playlist oficial da fic, então bora lá e dá play pra uma melhor experiência.

Boa leitura 💜

ㅡ Me desculpa... eu acho que ficar muito tempo sozinho nesse lugar fez eu desaprender a como lidar com outras pessoas ㅡ Sua desculpa parecia sincera, e a voz ainda era serena.

Contudo, ainda podia ver seus fios loiros balançarem em um tremor suave do qual eu tinha certeza de que ele lutava para esconder enquanto abria as portas do armário em busca de algo. Retirou uma lata reutilizada e limpa e então voltou até os cacos um pouco à frente de mim.

Eu estava sem reação, eu mal pude ver sua mão se aproximar em um tapa atirando o copo longe. Park parecia mesmo alguém que era recluso e não tinha contato com qualquer ser racional, ainda que ele tivesse me salvado da morte naquela praia. 

Eu estava confuso demais para dizer qualquer coisa, mas vi quando ele se virou com a lata em mãos e uma gota vermelha escorreu por entre seus dedos. Ele estava mesmo pegando os cacos de qualquer maneira, sem a ajuda de uma pá e parecia não se importar em se cortar.

Mesmo que ele tenha agido feito um maluco há alguns minutos, eu não conseguia sentir outra coisa a não ser pena. Apanhou um pano que havia em cima da bancada e o rasgou com os dentes, enrolando sua mão, fez com tanta facilidade que o tecido com certeza devia estar podre.

ㅡ Err... não, está tudo bem. Deixa eu te ajudar com isso ㅡ Eu finalmente pensei em algo para dizer, me levantando apressadamente e aconteceu o inevitável, meus joelhos foram de encontro ao chão e antes que eu se quer assimilasse a dor, Park estava do meu lado.

ㅡ Você ainda não deveria andar assim... você precisa de tempo ㅡ dessa vez ele não estendeu a mão a mim como das outras vezes, apenas me ergueu com os braços e pela primeira vez eu pude sentir o coração do mesmo batucando dentro de seu peito, tão forte que eu podia sentir suas costelas se moverem. Eu devia admitir que ele era no mínimo, um tanto... peculiar. 

ㅡ Por quê? Por quê você vive aqui? Sozinho... por quê saiu de Genesus?

ㅡ Eu nunca estive lá… sei da existência dela, mas não a procurei porquê eu não quis. Não gosto de regras, muito menos de me sentir preso. ㅡ por quê diabos ele não olhava diretamente pra mim? Mesmo tão próximo ele desviava o olhar enquanto me ajeitava novamente na cadeira.

Eu simplesmente ignoro a tatuagem em seu ombro, porque eu estava tão vidrado, que poderia não ter visto direito.

ㅡ Você não precisa viver aqui sozinho... isso não faz bem a ninguém. 

ㅡ Eu posso te levar de volta, não se preocupe. Não precisa ficar aqui comigo. ㅡ Ele caminha com a mesma suavidade em que as palavras saem de seus lábios fartos, que agora estão ainda mais vermelhinhos.

Eu tinha a impressão de sempre deixar o loiro nervoso. Ele parecia tomar mais cor quando estava nervoso, e deixava de parecer um Gasparzinho.

ㅡ Você não se sente sozinho? Nunca teve alguém morando aqui com você? ㅡ olho o copo à minha frente e me lembro da cena de a pouco, minha fome havia passado, mas eu ainda tinha sede.

Galaxy Eyes - Book I《jjk+pjm》- (Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora