Meu Agente

13- Em Pedaços II

Louise não queria ouvir mais nenhuma palavra que poderia sair da boca daquele homem, de alguma forma ele sabia sobre aquele homem desprezível e fazê-la lembrar daquilo era pior do que enfiar uma faca flamejante em qualquer parte de deu corpo.

- Vai parecer absurdo o que eu vou dizer mas de certo modo o que ele fez te ajudou.- Ele duvidoso enquanto analisa a posição que Louise se encontra.- Ainda dói né? Afinal é bem recente, vocês eram amigas super amigas. Como foi ver sua melhor amiga morrer em seus braços? Você poderia me descrever a sensação? Nunca passei por nada parecido.

- Foi horrível, foi como se meu coração tivesse parado junto com o dela.- Ela responde com a voz um pouco trêmula.- Ver ela sangrando até a morte foi...- Antes que ela completasse a frase foi como se um nó tivesse se formado em sua garganta a impedindo de falar.

- Sabia que ele foi acusado por assaltos, sequestros, homicídios e estrupo?- Ele pergunta analisando a ficha sobre o homem que causava extremo desespero na mulher a frente dele.- Qual foi a pior parte? Ver sua amiga morrer ou saber foi por sua causa? Afinal se você não tivesse desprezado o filho dele isso não teria acontecido, "Aquela vadiazinha loira foi a responsável por tudo isso. Quem ela pensa que é para rejeitar meu filho? Ela não passa de uma vagabunda imunda que merece sofrer".- Ele diz lendo o papel em suas mãos.- Essa é uma pequena parte do depoimento dele, imagine só, tudo poderia ter sido evitado se você simplesmente tivesse aceitado sair com o jovem Alec.

Louise por outro lado se mantinha em silêncio, apenas lembrando daquela noite em que ela segurou o corpo sem vida da amiga. Se ela tivesse ouvido sua irmã mais velha e aceitado o convite do doce Alec que nunca havia lhe feito mal algum, se não tivesse ido dormir na casa da amiga...tudo seria diferente, Amberly estaria viva e as duas seriam grandes amigas e teriam o apoio uma da outra.

- No laudo da Amberly diz que ela foi brutalmente espancada e no final morreu com uma faca no pescoço.- Ele faz uma pequena pausa.- Você contou para ele? Contou o real motivo de ter abandonado sua carreira como legista? Contou que você surtou em um dos casos da NCIS e fugiu para Quântico?- Diz se divertindo com a expressão de culpa que ela tinha.- Acho que não contou, não se preocupe eu irei contar um pouco sobre ele depois.

"Isso é tudo sua culpa vadia"

"Se você não fosse tão egoísta e cheia de si sua amiga não estaria assim"

" Você não passa de uma vagabunda sem valor"

" "Não é atoa que nenhum dos seus namorados te aguentou, aquele garoto lá fez bem em te trair e o outro fez melhor ainda em te colocar em seu devido lugar"

"Sabe o motivo de estarmos aqui? Eu irei fazer a sua amiga sofrer até que ela me peça para mata-la e você assistirá tudo"

Essas eram as principais frases que enchiam a mente dela, por todos esses anos ela evitou lembrar desse assunto. Evitou lembrar do homem que tirou a vida de sua melhor amiga e de tudo que poderia trazer átona o sentimento de insignificância...

Mais era isso que ela era, insignificante ao ponto de nenhum homem se interessar verdadeiramente por ela e ao ponto dela mesmo não se amar. Pelo menos era disso que ela se convenceu durante anos.

- Sabe docinho eu poderia te torturar muito com as fotos e vídeos que eu tenho aqui.- Ele diz se levantando de onde estava para sentar ao lado dela.- Mas irei fazer isso em outro momento, talvez depois que aquele doutor metido a besta quebre o seu coração e a afaste da única coisa que a da forças para viver...a pequena Sophia Lynn Reid. Afinal você se dedica muito a ela não é mesmo?

Ele pergunta enquanto passa o dedo dela bochecha molhada de lágrimas dela que ao sentir o toque de se encolheu mais ainda.

- Como já disse docinho eu não vou machucar você, meu lance não é machucar mulheres.- Ele diz enquanto escorrega a mão para o pescoço dela.- Apenas lembrá-las que não devem confiar em homem algum.

Ele acariciou por alguns segundos o pescoço de pele pálida da jovem e em seguida tirou a mão daquele local. A intenção dele não era machuca-la...não fisicamente, e sim mostrar que ela não deve confiar em homem algum.

- Agora vamos conversar sobre o doutor Reid...- Ele diz de uma forma maléfica.

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