Meu Agente

35- Reencontro

Por Louise Mountbatten

O dia amanhecerá péssimo, além de frio o clima estava úmido e para piorar ainda mais minha cabeça parecia que ia explodir.

Minha cabeça latejava tanto que acabei por ficar na cama, já Spencer e Sophia foram até a UAC. Apesar de não estar muito feliz com a idéia de ficar sozinha minha cabeça iria explodir se eu saísse.

Como sempre muito atencioso Spencer preparou café da manhã para mim e levou até a cama, apesar de estar muito bom minha cabeça doía até com o barulho que as torradas faziam ao eu morder.

Mesmo contra minha vontade levanto da cama e levo a bandeja do café da manhã até a cozinha, depois de lavar e guardar a louça volto para sala. Pego um dos inúmeros livros na prateleira e me sento no sofá.

Tudo estava em perfeita ordem, o livro que estava lendo era realmente muito bom, apesar de não ser um assunto que eu costumava ler era bom expandir os conhecimentos.

Minha concentração foi quebrada pelo som da campainha, Spencer provavelmente havia esquecido a chave. Fecho o livro que estava em mãos e o deixo na mesinha de centro antes de levantar, já perto da porta olho pelo olho mágico.

Ao ver de quem se tratava dou um passo para trás, o que ele está fazendo aqui?

Olho novamente para me certificar de que não estava vendo coisas, era realmente ele. Samuel Clark.

— Podemos conversar?— A voz do outro lado da porta diz.

Havia apenas duas opções fingir que não estava e ligar para o Spencer, ou conversar com ela. Me dirijo rapidamente a mesinha de centro e pego meu celular que estava sobre ela.

— Louise por favor eu só preciso de um minuto, você não precisa abrir a porta.— Diz agora desta vez um pouco mais alto.— Eu sei que você está aí.

— Como descobriu aonde eu estava?— Acabo falando mais logo em seguida cubro a boca com as mãos.

— Louise eu preciso de ajuda...eu não sei o que fazer.— Ele insiste.— Quando você precisou eu te ajudei, lembra?

— C-como eu posso te ajudar?— Pergunto um pouco trêmula enquanto me aproximo da porta.

— E-eu não sei o que fazer, eu não quero me tornar um monstro.— Diz.— Eu só preciso de alguém para conversar.

— Samuel eu...— Antes que eu pudesse continuar meu celular começou a vibrar e assim que quem estava me ligando atendi rapidamente.— Spency oi.

— Oi Loui, está tudo bem?

— Ele está aqui.

— Quem? Ele está aí dentro?

— Não ele está do lado de fora.

— Ótimo não abra a porta, estou chegando.

— E-ele me disse que quer ajuda...

— Psicopatas tendem a ser manipuladores, ele jamais admitiria que quer ajuda.

— O que eu faço?

— Se afasta da porta e vai para o nosso quarto.

Nosso quarto...isso seria fofo se não estivéssemos em uma situação tão complicada.

— Louise por favor me ouve, eu não quero te machucar. Eu só quero a sua ajuda.— Ele diz dessa vez em um toldo voz diferente seguido por um batida na porta.

— Irritou ele, vai para o quarto e tranca a porta.

— Louise você não quer me deixar aqui, sei que você tem um bom coração. Uma pessoa boa com você jamais negaria ajuda.

— Ele está tentando te manipular, não de ouvidos a ele. Faz o que eu te pedi.

— Spency...e se ele estiver mesmo querendo ajuda?

— Louise ele tem uma condição psiquiátrica, ele não precisa da sua ajuda ele precisa de um psiquiatra e ele não admitiria isso.

— Louise eu estou tentando manter a calma mais você não está...colaborando.— Ele diz com a voz alterada.

Com isso vejo uma deixa para ir pro quarto, assim que entro tranco a porta.

— Está tudo bem? Estou a três esquinas fica calma.

— Por favor cuidado.

— Eu estou armado Louise, ele tem que tomar cuidado.

Com isso ele desligou me deixando ainda mais aflita, ele não seria capaz de atirar... não, não seria.

E então 5 agonizantes minutos se passaram, eu simplesmente não conseguia ficar parada. Cadê ele?

Quando finalmente ouvi o barulho da porta sendo destrancada respirei fundo, logo me adiantei para abrir e assim que abri me arrependi na hora.

— ✨🦋

O que estão achando?😼