18- Me Prometa

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Apesar de estar nervosa com o rumo que a conversa teria Louise respirou fundo.

— Me prometa que não vai me interromper.— Ela diz esticando o mindinho.

Em resposta ele estica o mindinho e assim eles firmão a promessa. Percebendo o nervosismo evidente dela Spencer segura carinhosamente a mão dela.

— Como você sabe eu fui para o ensino médio mais cedo, e lá só tinha pessoas mais velhas que eu óbvio. Consequentemente eu me envolvi com garotos mais velhos, para ser exata foram dois.— Ela diz mostrando o número dois com os dedos.— Como previsto não deu certo, um me traiu e o outro...bom eu prefiro não comentar sobre.

— Não precisa me contar absolutamente tudo, conte apenas o que se sentir confortável.

— Ok agora fica quietinho.— Ela diz brincando.— Depois do meu último relacionamento eu prometi para mim mesma que não me envolveria com mais ninguém até me formar, mas aí apareceu o Alec. Ele era o tipo de garoto.

Ao ouvir isso Spencer se mexe desconfortável em seu lugar.

— Ele era meu vizinho, ele o pai dele haviam se mudado na metade do ano e eu o ajudei a se enturmar na escola. Ele e o pai dele iam algumas vezes em casa para jantar e coisas do tipo.— Diz tentando manter a calma.— Apesar dele ser muito legal  eu já havia prometido a mim mesma e aos meus pais que não me envolveria com mais ninguém.— Ela faz uma pequena pausa respirando fundo.— O pai dele sempre foi um homem muito calmo as vezes ele surtava.

— Passivo-agressivo.— Spencer comenta.— Desculpe não irei mais interromper.

— Resumindo essa parte da história, ele me convidou para sair. De início eu aceitei e foi bem divertido para ser sincera, acontece que ele começou a desenvolver sentimentos por mim dos quais eu não conseguiria retribuir.— Ela faz um pequena pausa.— Depois disso eu dei um gelo nele  e então o pai dele se envolveu, de início eu não liguei e tentei ignorar mas começou a ficar...doentio.

— Como assim?

— Ele começou a me perseguir, eu até tentei relevar mas chegou a um certo nível que eu tinha medo de sair de casa. Consegui uma medida protetiva e voltei a viver a minha vida.— Ela diz com a voz embargada.— Eu tinha uma amiga de infância, ela era absolutamente tudo para mim.— Diz enquanto pequenas lágrimas escorrem pela sua bochecha.— Ele foi condenado pela morte dela e por muitos outros crimes...

— Eu sinto muito.— Ele diz acariciando a mão dela.

— Ela morreu nos meus braços, e imaginar que tudo que aconteceu foi minha culpa...

— Não diga isso.— Spencer a repreende.— Eu posso não ter conhecido ela mas tenho certeza que ela não iria querer que você ficasse se culpando.

— Você está certo.— Ela admite.— Eu tento deixar para trás sabe, guardar apenas as lembranças boas.

— Você não pode reprimir isso, já procurou acompanhamento médico.

— Psicólogo e psiquiatra, desde o meu primeiro "relacionamento"— Ela faz sinais de aspas com a mão.— Eu tento viver a vida o mais leve possível...era isso que a Izzy gostaria que eu fizesse.

— Já passei por algo parecido.— Ele admite.— Sei como é ver uma pessoa que você ama morrer...

— E como você superou?

— Não superei.— Ele diz cabisbaixo.— Não é algo que se possa esquecer ou simplesmente ignorar, mas acredite a dor vai diminuir.

— Obrigada por me ouvir.— Ela diz em um fio de voz.

— Louise não ache que pode passar por isso sozinha, procure um especialista na área. Me prometa que vai fazer isso.— Ele pede a olhando sério.

— Prometo papai.— Ela diz diz forçando um sorriso.— Acho melhor descansarmos, já está amanhecendo.

— Você tem razão.— Ele concorda enquanto inclina o corpo sobre ela dando um singelo beijo na bochecha dela.— Tenta descansar tudo bem?

— Promete que vai estar aqui quando eu acordar?— Ela pergunta com as bochechas levemente avermelhadas.

— Eu prometo.— Ele diz calmamente dando outro beijo na testa dela.— Quer me dar a Sophia?

— Não.— Ela responde de imediato olhando em seguida para bebê que se mexia um pouquinho.

— Está bem.— Ele concorda.— Agora dorme.

Ele volta a se encostar na poltrona e desliga o abajur que ainda estava aceso deixando o quarto em escuro total.

Spencer arriscou estender a mão para Louise e sorriu assim que ela pegou, apesar de ter sido um assunto delicada ele estava feliz em saber que ela confiava nele. Ela também estava feliz, feliz por ter conseguido se abrir para ele.

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