Starbucks

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Capitulo 01

Uma assistente jr incapaz de fazer tudo que lhe é solicitado, absurdamente fazendo a chefe ser obrigada a ir até sua cafeteria preferida para buscar um copo de café, incompetente! Esbravejou pela décima vez em pensamento enquanto mordia o lábio em desgosto, quantos anos já não fazia isso?

- Espere aqui Roy não irei demorar!

Disse séria já segurando a maçaneta da porta, o motorista a olhou preocupado pelo retrovisor percebendo que a mesma estava prestes à sair, passou o braço direto pelo encosto do banco ao lado virando parte do corpo para aquela que ninguém ousava questionar, porém não tinha escolha, estavam parando o carro no meio da rua em um local proibido, caso um guarda passasse estariam em apuros.

- Miranda... Sei o quanto deseja comprar seu café – Engoliu a seco quando percebeu o olhar frio em seus – Mas... Eu me sinto na obrigação de lembrá-la que isso pode nos trazer problemas com os guarda de trânsito e...

Sua voz foi falhando até que no final da frase morreu, Miranda o olhou por alguns segundos e deu um de seus sorrisos irônicos.

- Eu estou cercada de incompetentes Roy, você é apenas um motorista sendo pago para fazer o que eu mando! Vou descer buscar meu café e voltarei, me questione novamente e será a último indagação da sua carreira

Virando o rosto colocou seu óculos escuro, o homem voltou rapidamente o corpo rígido para frente, era um homem de quase 2 metros, porém, um olhar da dama de gelo era capaz de o incapacitar, viu pelo canto de olho a mulher entrando na cafeteria, soltou o ar que nem sabia que prendia relaxando um pouco o corpo.

- Deus? Sou eu de novo... Então, agradeço o trabalho mas me ajuda a não ter a carteira aprendida, imprensa que a rainha de gelo me congele também, amém!

O motorista que olhava para o céu, continuou por mais alguns minutos conversando.

Dentro da cafeteria.

Inacreditável primeiro a coisinha chamada Debbye é incapaz de vir me buscar um café, Emily está ocupada com as demandas que a passei no dia anterior então dessa vez está segura, porém já mandei uma mensagem para o RH, inaceitável eu precisar buscar meu próprio café porque uma de minhas assistentes não foi capaz.

- Ótimo!

Esbravejei em um tom baixo com ironia enquanto olhava impaciente para a fila com 2 pessoas na frente, para melhorar meu dia, a barista parece ser nova na função, respiro fundo fechando os olhos buscando a paciência que a cada segundo vai se esvaindo do meu corpo, abro novamente e percebo que agora eu sou a segunda na vez, bufo batendo meu Jimmy choo recém adquirido no piso impacientemente, olho meu relógio, felizmente estou dentro do tempo, já que a criatura em minha frente não se decide o que pedir tento encontrar uma forma de distração, passo meus olhos ao redor observando as paredes de pedra, vidros, alguns lustres pendentes, detalhes da cor verde Starbucks igual a todas as outras, mesas, pessoas sentadas em duplas ou trios conversando animadamente, outros com notebook trabalhando e então meus olhos se prendem em uma mesa ao canto quase escondida ao lado de fora, uma moça com um grande chapéu cobrindo seu rosto, vestido de tricô caramelo em gola alta, um belíssimo anel com uma pedra grande em seu anelar e.. tênis?

Escolha no mínimo peculiar, porém combinou com a jovem, o pouco de seu rosto que aparecia parecia não ser entediante, os lábios vermelhos e carnudos, um cheesecake de metilo e um livro aberto encima da mesa, toda a cena parecia quase uma fotografi...

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Escolha no mínimo peculiar, porém combinou com a jovem, o pouco de seu rosto que aparecia parecia não ser entediante, os lábios vermelhos e carnudos, um cheesecake de metilo e um livro aberto encima da mesa, toda a cena parecia quase uma fotografia, pois seu porte é muito apresentável e distinto, senti uma crescente curiosidade em ver seu rosto e como se estivesse lendo minha mente a moça ergueu o rosto, sua atenção era à xícara que levou lentamente aos lábios olhando ao redor, nossos olhos se encontraram, ela é linda! O pensamento me escapou antes que pudesse controlar, olhos castanhos avelã, pele alva, os lábios tão carnudos e vermelhos quanto possível ver antes, traços delicados, olhar curioso e leve rubor mas bochechas, felizmente estou tão acostumada a ser a dama de gelo quase 24hrs que tenho certeza ainda estar com minha expressão indiferente, apesar de por dentro me sentir extremamente intrigada com a beleza a minha frente.

- Senhora?

Sinto alguém me tocar levemente no braço, olho rapidamente para a pessoa que teve tal audácia com certo nojo, odeio que me toquem sem permissão! A pessoa pareceu tremer diante de meu olhar, perfeito, sorri por dentro.

– A-A moça está lhe chamando a algum tempo...

Ignoro totalmente o duende em minha frente, dou três passos firmes e largos alcançando o balcão e digo meu pedido, a moça ficou paralisada, maravilha! Reviro os olhos por baixo dos óculos escuros e vejo outro atende se aproximando rapidamente.

- Desculpe Senhora Priestly, aqui está o de sempre.

Disse um jovem de cabelos loiros tingidos e bagunçados, em sua sobrancelhas tinha um piercing, torci minha boca pegando meu café deixando o dinheiro no balcão e me virando para saída, pelo canto dos olhos pude perceber que a moça de antes já não estava mais ali, senti uma certa frustração, gostaria de saber se ela me olharia enquanto me retirava, uma risada anasalado sem humor me escapa pela imbecilidade de meu próprio pensamento, a falta de um marido presente faz coisas com o ego de uma mulher.

Roy estava rígido em seu assento como antes de eu sair, é um bom homem e funcionário, porém, foi insolente e mereceu ser colocado em seu lugar, dei um gole em meu café olhando pela janela enquanto o mesmo dirigia em uma velocidade mediana, paramos no semáforo e suspirei irritada, minha atenção voltada no vai e vem das pessoas na rua e como um ímã novamente algo me chamou atenção, a moça da cafeteria atravessava a rua, um andar nem acelerado nem lento em demasiado, uma postura ereta porém corpo relaxado, tem o que muitas modelos buscam, um andar elegante naturalmente. Observei a moça até a perder de vista, o que ocorreu pouco depois do carro voltar a andar, me obrigando a fazer algo que detesto, virar meu rosto para olhar algo ou alguém.

Minutos depois chegamos finalmente na Runaway, passei pelo hall sem olhar ninguém, mas sempre percebendo a inquietação de todos, me aproximei do elevador aonde uma jovem excessivamente alta estava parada, quando a mesma percebeu minha presença empalideceu e saiu quase correndo pedindo desculpa, entrei apertando meu andar fazendo um mapa mental de todas as instruções a serem dadas a Emilly, as portas se abrem, tiro meu óculos de forma estratégica para olhar ao redor e ver se tudo está em ordem, percebo a moça que pedi a cabeça na bandeira sentada na mesa de frente para minha outra assistente que já estava de pé, joguei minha bolsa e casaco nas mãos da ruiva que quase fez malabarismo para pegar.

- Quero você fora!

Disse olhando na direção da tal Debbye que ficou branca como as paredes.

- Ma-Mas Miranda...

Falou com os olhos já enchendo de lágrimas e tremendo os lábios, revirei meus olhos odiando ainda mais a criatura bufei, entrei em minha sala chamando Emilly como se ela já não estivesse ali, o dia iria ser cheio e mais irritante que o normal graças a essa criaturinha.

Faces de um Anjo (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora