Cap 35 - Final parte 1

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Motivos pra festejar? Acho que não...

Pov Diana.

O título diz tudo. Desde a nossa tentativa de comemoração das festas de fim de ano que nossas vidas têm sido uma completa tortura e é um desastre atrás de outro! A cada dia que passava minha filha arrumava um motivo diferente e mais absurdo que o outro pra fazer suas birras, eu já não falava mais, somente fazia meu chinelo voar e a colocava num canto da casa de castigo; nossos convidados estavam preocupados já porque os limites do aceitável foram ultrapassados a muito tempo e minhas energias estavam se esvaindo num nível, que eu adoeci.
Na noite da virada eu não conseguia me manter de pé sozinha, mesmo me alimentando bem eu não tinha mais forças pra ficar de pé. Com muito esforço me sentei na varanda e ali fiquei até estar sozinha com Dinah e Andréa; ambas estavam preocupadas com o meu atual estado e tentavam a todo custo frear o furacão que se tornou Manuela em nossas vidas.

--- Amanhã nós iremos ao hospital! estou cansada de te vê assim amor...

Nessa hora a rotina se manteve, com alguma dificuldade elas conseguiram dar um calmante pra menor e ela dormia até próximo ao almoço, nos dando um pouco de sossego.

--- Eu não queria nada disso acontecendo! não é justo depois de tudo o que passamos.

Minha resposta morreu no ar depois que minha primeira lágrima desceu. Esse é o estado que eu me encontro, me afundando cada vez mais em tristeza e desânimo que eu já não pensava mais com o mesmo entusiasmo no dia do meu casamento. Que estava próximo...

--- Você confiou a nós duas os custos da Manu; conversamos e concordamos que é hora de pedir ajuda a uma profissional... como mãe está me consumindo muito esse agir dela, mais ainda aonde ele está te levando.

--- Eu sei que você a ama muito e a tem como filha, assim como eu, mas essas atitudes dela passaram de todos os limites aceitáveis. Me deixa cuidar de você?

Eu não conseguia dizer uma palavra, mas fiz que sim com a cabeça e na próxima hora e meia ouvi atentamente suas ideias e passos a seguir. Na manhã seguinte iríamos nós 4 a um hospital cuidar da minha saúde e lá encontraremos uma médica especialista em cuidados com crianças infantilistas que elas encontram, e a mesma se propôs a nos conhecer.
Caso contrário a conversa seria tratada diretamente com um outro médico e a abordagem seria bem mais dura...

Não dormi por mais de 3h, vi o dia amanhecer tamanho nervoso e ansiedade. Como Manu ainda estava ferrada no sono, só foi trocada a fralda e arrumada, não dando sinais que acordaria; bom, isso durou até eu parar o carro no estacionamento do hospital.
Não precisei falar nada, Dinah a colocou de pé na sua frente e ordenou o seu completo silêncio ou ela iria fazer calar. Minhas pernas tremiam, meu coração parecia que ia explodir tamanha força na batida;
Nos identificamos na recepção e fomos levadas na mesma hora para o penúltimo andar daquele prédio; me fizeram sentar numa cadeira nada confortável e verificaram minha pressão, glicose e outras inúmeras coisas que no final enquanto esperávamos o médico entrar eu preferia não ter ido a canto nenhum! Foi só ladeira abaixo depois que ele entrou...

--- Nossa conversa vai começar aqui, pressão alta; nem preciso dizer o quanto isso é ruim e perigoso.

Para o meu completo espanto ele começou a falar tudo em inglês, me fazendo entender que as mulheres ao meu lado cuidaram de todos os detalhes. Bem antes da nossa conversa de ontem...

--- Seus níveis cardíacos me dizem que a qualquer instante você pode cair dura e morrer! tamanho estresse que ele vem aguentando. Quando falei com sua noiva ao telefone imaginei algo mais brando pela sua idade, mas isso aqui está fora de questão!

Felicidade Clandestina --- Concluída!Onde histórias criam vida. Descubra agora