Tinha meia hora que estava sentada na varanda com minha filha apagada em meus braços, mesmo dormindo Manuella não parou de sugar meu seio um segundo sequer me fazendo dar risada pelo desespero quando sentia que eu iria me mexer.
Mesmo cansada mentalmente agradecia o fato dessa fome dela ter surgido agora porque seios cheio era sinônimo de dor para as mamães.--- Amor seu celular não para de tocar, é sua mãe...
Quando ouvi sua fala enquanto mostrava o celular pra mim pedi apenas que colocasse a bebê na cama que eu iria atender.
Manu resmungou bastante quando não sentiu mais que estava comigo mas deixou ser levada quando ganhou sua chupeta;
Pensei de ouvir inúmeras grosserias por parte da minha mãe mas me surpreendi quando ouvi somente um pedido de desculpa. Ela disse que logo quando sai da casa se sentiu mal por ter me feito chorar e mais ainda por não enxergar tudo o que fiz por ela; me pediu que a perdoasse e desse uma nova chance a nossas vidas.
Disse que iria pensar com calma e organizar minha mente, assim que me sentisse a vontade com as ideias ligaria pra ela novamente.No dia seguinte, véspera de natal, acabei acordando junto com as galinhas quando ouvi um choro baixo vindo do berço ao meu lado na cama. Estava com uma dor de cabeça horrível parecendo que acabei com o estoque de todos os bares do quarteirão; mas me coloquei sentada na cama e usando de uma calma que eu não tinha ainda, fui para o banheiro atrás da minha bolsa de remédios, após tomar um pude começar o dia.
Troquei uma fralda pesada de xixi, fomos para a cozinha arrumar a mesa do café e aproveitar um pouco da preguiça. Assim que tudo ficou pronto e nós duas de barriga lotada do café da manhã, fomos para o sofá assistir alguma coisa na TV; foi onde nosso silêncio foi interrompido com a fala da minha filha que até então estava calada.--- Eu tá com muita vergonha do que fez ontem... a Didih converso com eu e a tia Dea também, diculpa mamãe...
Não conseguia vê seu rostinho que estava escondido em meu peito mas sentia minha blusa meia úmida pelas suas lágrimas. A coloquei sentada de frente pra mim e resolvi que era um momento bom pra poder conversar melhor com minha filha;
--- Você sabe o quanto eu amo você, não sabe? De todas as coisas que podia fazer pra te ver bem e feliz eu fiz, sem arrependimentos; eu entendo que você fica chateada com as coisas que acontecem e não sabe como lidar, fale comigo! Sem chorar ou jogar a comida pro alto.
Ela me olha meio ressabiada, com a cabecinha baixa e bem vermelha devido ao choro que agora vem livre e baixo. Seco cada lágrima grossa e a trago de volta pros meus braços enquanto termino de explicar tudo.
--- Eu não vou mudar a forma como lido com os problemas e minha mãe. Do nosso jeito a gente se resolve e seguimos adiante, mamãe não quer vê aquelas cenas de novo, tudo bem? Estarei sempre aqui pra você e nada vai mudar isso.
Ela faz que sim com a cabeça e me abraça apertado escondendo o rosto em meu pescoço. Eu não vi nem senti quando ela puxou sua chupeta e se perdeu ali, sentia sua mãozinha em meu cabelo até dormir novamente; a levei de volta pro quarto e me sentei na varanda pra tentar esquecer um pouco das dores de cabeça recentes.
Na terceira semana de janeiro teria uma reunião com todos da gravadora inclusive os produtores para tratar dos últimos meses e combinar os demais. De forma superficial tinha conversado com Dinah e estávamos tentando uma forma deu continuar trabalhando com elas mas que meu trabalho não viesse mais a interferir na rotina com nossa bebê; estava assustador demais as crises que ela vinha dando e era nítido a necessidade de um espaço entre a baby e Lauren.Minha filha é muito ciumenta, tem uns picos de possessividade que ninguém aguenta! O último rendeu muitos choros e compromisso das meninas encerrado antes; a conta viria agora pra que a gente pagasse.
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Felicidade Clandestina --- Concluída!
FanfictionE tudo o que foi feito amigo E tudo o que a gente sonhou O que foi feito da vida? O que foi feito do amor? Quisera eu encontrar Aquele verso menino que escrevi há tantos anos atrás... Falo assim sem saudades Falo assim por saber Que muito valho já...