Cap 5

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Acho que posso morrer agora.  

Eu não sei explicar o que sinto nesse momento. Ter essa mulher literalmente nos meus braços, me olhando dessa forma, me transmitindo tanta coisa boa que eu não sei realmente o que pensar. 

--- Nossa... eu não sei o que dizer pra você. 

Digo enlaçando seus dedos nos meus.

--- Só diz que não estou completamente louca sozinha. Que você também tá sentindo isso aqui.

Ela fala e coloca minha mão em seu peito acelerado. Deus me ajuda a não enlouquecer de vez...

--- Você não está sozinha, eu também tô sentindo isso. Não sei se é na mesma intensidade mas eu sinto. 

--- Então me deixa te provar, te sentir. Me deixa ficar com você.

--- Não posso negar algo assim, seria até pecado...

Respondo rindo e ela me acompanha. Por mais que minha cabeça me force a pensar nas inúmeras implicações que tudo pode e vai ter futuramente, só consigo sorrir com cada gesto que ela faz. Percebi que ela até pode ser elogiada o tempo inteiro, mas ela cora facilmente com cada um deles, que o seu sorriso não vem apenas com a boca e sim com o rosto todo. Quando se empolga com algum assunto seu corpo todo fala. Como fã eu sempre a admirei muito, mas tendo ela assim tão perto, tão a vontade me mostra uma Dinah que eu nunca imaginei vê. 

Fomos dormir já passava das 4 da manhã, dividimos a cama com minha baby que milagrosamente não ousou se mexer demais essa noite. Mas como assim Diana? Eu explico, Manuela tem o sono agitado. Ela começa a noite numa posição e acorda atravessada na cama, em cima de mim ou qual posição mais ela consegui. Mas hoje ela mal se mexeu, parecia sentir que não podia, não sei. 

Fui acordada por batidas na porta. Por ter o sono leve eu fui a única a acordar, olhei rapidamente a hora e ainda eram 8 da manhã de um domingo!? Maldito seja quem me acordou essa hora, levanto bem devagar mesmo com a cara fechada, vou rapidamente no banheiro lavar o rosto e olho pelo buraco da porta quem eu teria de matar. Vejo que é a Ally, ok, não posso matar ela. Respiro bem fundo antes de abrir a porta. 

--- Bom dia.

Digo escorada na porta, fechando os olhos bem lentamente. Posso dormir em pé de boa.

--- God, você está dormindo em pé! Já são 8 da manhã mulher, o sol está lindo lá fora, vamos aproveitar a piscina um pouquinho.

--- Tenho de me concentrar muito pra não dormir em pé, posso encontrar você daqui há algumas horas? Preciso dormir mais um pouquinho...

Respondo bocejando fazendo a rir da minha cara amassada. 

--- Não não não. A senhorita vai tomar um banho gelado agora, botar um biquíni, vamos tomar um belo café da manhã e vamos pra piscina! Não aceito não como resposta! 

Como faz pra se manter acordada mesmo????

--- Acorda mulher, vamos, to esperando aqui...

Ela entra no quarto e se senta no sofá. Eu tô com tanto sono e ela tão animada que não percebeu que sua amiga de grupo está literalmente apagada na minha cama num embolado perigoso com minha baby. Quando vejo a cena dou risada, pego um maiô que comprei e um short e vou pro banheiro tomar meu banho pra vê se eu acordo de vez. Depois de levantar todos os defuntos que dormiam dentro de mim num banho frio saio do banheiro e a vejo encarar minha cama confusa. 

--- Eu não as vi quando entrei, e não a vi no seu quarto, mais o que ela tá fazendo aqui? Dormindo na sua cama? E aqui, Manuela não cai da cama não?

Quando ela fala vejo que realmente ela está a beira de beijar o chão. Rapidamente a puxo pro meio da cama novamente, ela só resmunga e se encolhe no corpo da Dinah. Realmente temos duas pessoas com sono de pedra no recinto, e eu queria estar fazendo a mesma coisa agora, mas pelo visto não será possível. Triste...

--- Vou deixar um bilhete na beira da cama pra quando elas acordarem. Visto que não farão isso agora... já vamos descer.

Rapidamente deixo instruções do que minha baby deve fazer ao acordar e onde eu estaria. Logo estamos esperando o elevador, pra descer e tomar café da manhã. Sentadas numa mesa reservada contamos como foi o final das nossas noites, dei muita risada ou melhor, gargalhadas quando ela contou que no meio da tal entrevista o entrevistador deu em cima de todas elas de forma descarada e eu não aguentei, chorei de tanto ri.

Quase 1 hora depois, de barriga cheia fomos em direção a piscina que descobri estar fechada para as meninas e equipe. Realmente o sol hoje está castigando, quero o ar condicionado de volta, vou derreter assim...

--- Paulista tá aprendendo o que é calor de verdade. Acho que to no Rio, credo.

Falo enquanto tiro meu short e reforço o protetor solar. Logo estamos na água geladinha, dando risada das aventuras da turnê. O tempo passou que não percebemos, perto do meio dia surgem por ali 4 cidadãs mortas vivas, tirando minha baby todas estavam de óculos escuros e cara de ressaca. Como que por ligação nos olhamos e caímos na gargalhada novamente fazendo as 4 se olharem sem entender nada.

--- Bom dia meninas, ou boa tarde. Não sei dizer...

Digo segurando a risada.

--- Tomaram café ou já vão almoçar? 

--- Pelo visto vocês duas aí estão aqui faz tempo né...

Lauren se pronuncia tirando o short e logo em seguida se jogando na água bem na minha frente, espirrando água no meu rosto.

--- Bicha descarada essa. E você mocinha vem aqui, protetor agora. Esse sol tá muito forte pra você, as senhoritas também, ninguém vai transitar aqui sem se proteger!

Digo saindo da piscina e me sento numa das cadeiras que tem ali, logo minha baby senta no meu colo e me abraça.

--- Bom dia meu amorzinho. Fez tudo direitinho como a mamãe ensinou?

No bilhete pedi que ela tomasse banho sozinha e vestisse a roupa que separei.

--- Sim mamãe, neném fez tudinho, só não pentiou o cabelo porque não achou a escova. Neném tá com fome mamãe..

--- Tudo bem meu neném, depois daqui vou cuidar de você direitinho e vou pedir seu almoço, já já eles trazem.

Enquanto respondo termino de passar o protetor solar nela e verifico se ela colocou a fralda direito. Neném devidamente protegida a libero pra entrar na piscina mas aviso que só na parte rasa pois não tinha bóia ali. Ajudo com as outras no protetor junto da Ally e vamos pedir a comida. Ficamos aproveitando a tarde até dar a hora de nos arrumarmos pra sair, arrancando muxoxos das meninas pois estavam adorando a água geladinha.

Na porta do quarto Dinah vem falar comigo.

--- Eu ainda não sei o que tem programado pra depois do show, mas te peço que me espere lá, vou deixar avisado que alguém busque vocês e as levem pra onde estamos. Eu já estou com saudade de você.

Ela fala me empurrando pra dentro e me beija como se não me visse há dias. Minhas pernas viram gelatina e me seguro nela pra não cair. Só separo nossos lábios quando sinto dois braços me agarrando as costas. 

--- Ei meu amor, que foi? 

Respiro fundo antes de me virar em direção a uma baby com um bico imenso nos lábios, parecendo um gatinho bravo.

--- Mamãe minha! Fominha, tête!

--- Temos uma bebê ciumenta aqui é?

Dinah pergunta entendendo um pouco da situação que se desenrola ali. 

--- Non é ciúme, só que a mamãe é minha e a neném ta tum fominha e quer tetê. Só isso.

Manu diz em português mas com a carinha emburrada e cruzando os bracinhos me fazendo ri. Olho rapidamente para a loira e a mesma olha minha baby da mesma maneira que eu, se possível mais encantada ainda com tamanha fofura, mesmo não entendendo nada.

--- Não entendi muita coisa que ela disse, mas saiba pequena que eu não quero e não vou roubar ela de você, só quero muito um pedacinho. Você deixaria eu namorar sua mamãe?

Felicidade Clandestina --- Concluída!Onde histórias criam vida. Descubra agora