Gabriel aproximou-se como um predador em busca da sua presa. Ele queria beijá-la, sentir mais uma vez o gosto dela, devorá-la. Queria fazer muito mais do que beijá-la, é claro. Mas ele não podia, não devia. Ele só precisava se lembrar disso. Mas quando ele encontrou os lábios dela e apertou-a em seus braços qualquer vislumbre de sanidade esvaiu-se.
- Eu desejo você.
Clara não conseguia deixar de reagir à voz rouca de Gabriel. Fazia sua pele formigar, provocando um desejo em seu interior, tão profundo que ela não era capaz de entender. Ele a deitou na cama e antes que qualquer um dos dois conseguisse processar o que estava acontecendo, ele começou a erguer lentamente sua camisola, despindo seus tornozelos e joelhos.
Uma sensação enlouquecedora enviou arrepios que correram por sua barriga à medida que a camisola era erguida cada vez mais. Ela estava gostando daquilo. Não, estava amando aquelas sensações. Porém o pânico atingiu seu peito com rapidez quando Gabriel, finalmente, retirou a camisola por cima da sua cabeça. Ela não tinha nada por baixo e pra seu próprio espanto, não sentiu vergonha. Ela o desejava da mesma forma que os pulmões necessitavam de ar. Ela precisava dele.
Ele olhava para ela como se quisesse devorá-la por inteiro, como se fosse um monstro se aproximando de sua presa. Ela deveria sentir medo, mas o que realmente sentia era... ansiedade.
– Se você quiser que eu pare, esse é o momento. Diga e eu pararei. - ela negou com a cabeça. - Eu preciso que você fale, Clara.
- Eu não quero que você pare.
- Graças a Deus, pois estou tremendo por você.
Ele voltou a se apoderar de sua boca depois os beijos foram para o pescoço dela. A cabeça de Clara estava a tal ponto nas nuvens que ela temia desabar. Não estava sob controle. Sentia como se estivesse flutuando em um sonho delicioso do qual nunca queria acordar. Só que seus sonhos nunca foram eróticos, e certamente não incluíam um homem majestoso diante dela, tremendo por querê-la muito e encarando-a como se ela fosse a única mulher no mundo, a mulher mais preciosa.
Ele parou com os beijos e observou-a descaradamente, embora não tenha focado apenas nos seios. Gabriel apreciou, olhando todo o seu corpo, da cabeça aos pés. Então, olhou nos olhos dela e sua respiração saiu entrecortada.
– Você é perfeita. Maravilhosa, Clara.
A palma das mãos dele escorregaram por ela, acariciando-a de forma reverente. Seus mamilos se contraíram e endureceram, como bicos, implorando pelo toque dele. Ela prendeu a respiração quando os dedos dele acariciaram seus mamilos. Estilhaços de um prazer extraordinário em seu abdome e desceram para a virilha. Nunca sentira nada parecido com aquilo. Seu ventre se contraiu e sua pele mais íntima ficou úmida. Ela estava inchada e... quente. Qualquer pensamento evaporou assim que ele abaixou a cabeça e sua boca se fechou ao redor de seu mamilo rígido. Clara arfou e suas pernas enfraqueceram.
O mamilo implorava por mais. Ele sugava fortemente. A cada chupada, ela gemia e onda após onda de excitação formavam-se implacavelmente em seu ventre. Ele girou a língua em volta de cada mamilo, primeiro um, depois o outro. Lambeu e provocou até ela contorcer-se. Ele agia como um homem faminto. Mesmo assim, era excessivamente gentil e, às vezes, bruto. Ela estava em êxtase e queria mais. Precisava de mais, mas não tinha certeza do que exatamente queria ou precisava.
Ele escorregou a língua ao redor do seio dela, depois para cima da parte de baixo, até ele se equilibrar precariamente na beirada de seu lábio. Então chupou-o, ultrapassando seus dentes, puxando e sugando até ela gritar e cravar as unhas em seus ombros largos.
- Eu a quero, Clara. Tanto que dói. - ele murmurou baixinho contra sua pele, enquanto beijava o vale entre seus seios.
As palavras dele preencheram o coração dela, dando-lhe o conforto de que ela necessitava. Ele beijou um caminho até seu umbigo, movendo seu corpo grande conforme sua boca ia mais para baixo. Lambeu-o e, então, raspou os dentes em sua pele sensível. Mais arrepios se espalharam pela barriga dela. Ele abriu as pernas e posicionou o corpo de forma que sua cabeça estivesse acima da pélvis dela. Ela arregalou os olhos quando ele abaixou a cabeça. Ele não podia. Com certeza, não o faria.
Oh, Deus, ele fez.
Escorregou os dedos por entre o emaranhado de pelos que cobria seu centro latejante e separou suas dobras inchadas e doloridas. Ela não podia acreditar naquilo, nunca ouviu dizer que aquele local podia ser beijado. Então ele pressionou um beijo em sua pele úmida. Ela tremeu descontroladamente. Suas coxas estremeceram. Seus joelhos estremeceram. Sua barriga tremeu e seus seios se endureceram. Ficaram tão insuportavelmente rígidos que ela queria sair de seu corpo. Então, ele a lambeu. Uma lambida demorada, e certamente pecaminosa, de sua abertura até sua carne, na qual ele circulou os nervos latejantes de sua parte mais central.
Era perfeito.
O paraíso.
Gabriel seguiu com um simples beijo, depois, sempre muito gentil, chupou seu clitóris, até ela se tornar uma massa de incoerência. Seu corpo se contorceu e se enrolou, cada vez mais tenso. O prazer aflorava, quase se tornando doloroso por seus seios e seu ventre e alojando-se no inchaço pulsante que ele provocava tão impiedosamente.
Clara sentia como se fosse desfazer-se a qualquer momento, mas cada vez que essa sensação parecia atingir o auge, a pressão e o prazer indescritível só aumentavam, levando-a cada vez mais para um estado de loucura.
– Gabriel. - ela gritou quando se libertou da pressão excruciante que se formava em suas profundezas.
Foi a experiência mais confusa, mais poderosa e mais absolutamente maravilhosa de sua vida. Ela voou. Subiu impossivelmente alto e, então, desceu flutuando de forma muito gentil até o chão. E devido a exaustão do dia juntamente com o ápice de prazer, fechou os olhos e caiu num sono profundo.
Gabriel se aconchegou ao lado dela e sorriu, feliz, satisfeito como há muito tempo não se sentia.
- Nada me faria mais feliz que casar com você, doce anjo.
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Era uma vez... a Bela que Salvou a Fera (em FINALIZADO)
RomanceÉ 1876. Seis anos após a Guerra do Paraguai, Gabriel regressou da guerra com parte do rosto desfigurado. Ele afastou a todos e vive recluso em suas terras por achar-se um monstro, uma fera. Mas isso está prestes a mudar com a chegada da doce e bela...