13.

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"Por que não reescrevemos as estrelas?..."

Julie's PoV

Luke estaciona o carro e depois vamos andando até o tal "lugar". Era um food truck de cachorro quente self-service.

- Gosta de cachorro-quente?- ele pergunta.

- Gosto!- digo

- Então você vai amar esse!- ele diz- É o melhor da cidade!

- Tá bom então!- digo e começamos a nos servir. O lugar parecia bem aconchegante. Tinham algumas mesinhas por lá, além de luzinhas espalhadas no teto, que era descoberto, fazendo com que pudéssemos ter uma visão perfeita das estrelas, que mesmo com as luzes da cidade, ainda podiam ser vistas.

- Luke! Quanto tempo!- O moço, que eu presumo ser o dono do food truck fala.

- É... muito trabalho!- Luke diz.

- E essa moça bonita?- O homem pergunta.

- Me chamo Julie!- digo a ele.

- Ricardo!- O homem diz- Então o Luke aqui finalmente sossegou?

- De certa forma...- Luke diz coçando a nuca, percebo que ele faz isso quando fica nervoso ou envergonhado com algo.

- Bom, são um bonito casal!- Ricardo diz. E apenas nos olhamos, desviando o olhar em seguida- Sintam -se à vontade!

- Obrigada/ Obrigado!- Eu e Luke dizemos juntos e Ricardo se afasta, indo em direção à uma mesa

Terminamos de nos servir e escolhemos uma mesa um pouco mais afastada pra sentarmos. Luke pede duas cocas no food truck e me entrega uma.

- Então... de onde você conhece este lugar?- pergunto- Não me leve a mal, é só que... sabe, você não tem muita cara de quem frequenta barraquinhas de cachorro-quente de rua num subúrbio.

- Entendi, você me acha um mauricinho fútil que só come em restaurantes chiques né?- ele diz dando uma mordida segura no cachorro-quente.

- Não... Só tô curiosa!

- Quando eu e meus amigos tínhamos dezessete anos, a gente tinha uma banda, a Sunset Curve! A gente fazia um sucesso muito grande e ganhavamos um dinheiro bom com isso. Eu era o guitarrista e vocalista principal, o Reggie era o baixista e o Alex, o baterista. A gente até pensou em largar tudo e viver da nossa música!

- E por que não seguiram adiante?- Perguntei, dessa vez eu dei uma mordida no meu cachorro- quente. Realmente é muito bom.- É que dá pra perceber o quanto você amava música.

- Quando fizemos dezoito anos, os deveres de herdeiros da Máfia bateram na porta e nós tivemos que largar a música e a banda pra nos dedicar a isso!- ele diz e percebo que talvez eu tenha sido egoísta com ele. Sempre fazia questão de critica-lo por ser obrigada a desistir de tudo que eu sonhei pra casar com ele,  mas a verdade é que ele também teve que largar um monte de coisa que amava e é tão vítima nessa história quanto eu.

Worlds Collide | JukeOnde histórias criam vida. Descubra agora