Camille Russel é uma jornalista e, apesar de ter um bom emprego como colunista em um dos tabloides mais influentes do país, ela sente que poderia ter mais. Então, quando o irmão precisa da sua ajuda e ela aceita assinar uma matéria sobre um bilionár...
Aaaah, esse capítulo é pra vocês explodirem de amor❤️
Quieto agora você vai acordar a besta Esconda sua alma fora do alcance dela Tremer a essa batida quebrada Escuridão dentro do calor Soldado continue marchando
Soldier, FLEURIE.
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Minhas memórias ainda estavam intactas. Cada segundo, desde New York, eu lembrava com perfeição. Vi seu grosso cabelo brilhante, umas das coisas que tinham me chamado atenção para ela no centro do salão de festa em Santa Mônica quando não tínhamos trocado uma palavra sequer. Eu a vi e, como sempre, ela se tornou tudo.
Uma conversa se desenrolava em tom calmo e baixo bem perto de mim. Não me atentei ao teor dela, forcei-me a abrir os olhos, sentindo a claridade incomodar, enquanto a garganta doía quando tentei falar.
― Acho que ele vai acordar logo. ― meu corpo formigava por inteiro. ― O médico veio e retirou os aparelhos, parece que ele não precisa mais deles, não entendi direito. Estou tão preocupada...
Forcei minha voz além da garganta dolorida.
― Onde está Camille? ― Atena se virou ao som da minha voz, atrás dela, eu notei a curiosa presença de Jodie Benoit. ― Onde está Camille? ― repeti.
― Isso é uma longa, longa, história.
― Eu estou ouvindo ― digo, tentando puxar meu corpo para cima, mas, me deparando com algumas dificuldades. Primeiro, meu próprio corpo limitou meus movimentos. Segundo, um aro de prata em volta do meu punho limitava minha liberdade.
― Sinto muito por isso ― diz, aproximando-se ainda mais do leito. ― Está sentindo dor? Jodie, chame o enfermeiro, por favor. ― Quando a outra saiu, minha irmã se virou para mim. ― Eu te disse que era uma longa história.
― Conta, porra.
Atena rola os olhos. ― Camille está bem. ― Um pouco da ansiedade em mim se dissipa. Se Camille estava bem porque eu não estava olhando para ela agora? ― Depois que você foi ferido na Arábia, levaram você para um hospital e, no mesmo dia, infelizmente, inúmeros países entraram com medidas legais para, sei lá, tutelar o processo contra você.
Eu não estava surpreso. Sentar no banco dos réus sempre foi meu destino final.
― Mas, a Camille tirou você de lá e o trouxe para o Egito, nossa casa, digamos assim. E agora, você está sob custódia do Tribunal Judicial, e, não vou mentir pra você, com possibilidade de ser remetido ao Tribunal Internacional.
