Eu vou dizer tudo que está na minha cabeça
Estou irritado e cansado
Da maneira como as coisas têm andado
Do jeito como as coisas têm andadoBeliever, IMAGINE DRAGONS.
MINHA MENTE DIVAGA ENTRE PASSADO E PRESENTE.
— Senhorita Russel, escolha uma carta.
Um dólar por cada vez que as cartas disseram que eu ficaria rica e eu já teria ficado.
— Sr. Hans, eu realmente estou tempo agora, preciso...
Ele fingiu não ter ouvido minhas desculpas e baixou seu olhar para as cartas. As mãos trabalharam rápido sobre o baralho já desgastado. O visor do meu celular mostrou onze da noite. Eu estava cansada de uma semana inteira de trabalho, então, fiz o que ele pediu: escolhi a carta.
Às de espada.
A carta da morte.
— Por favor, não me diga qual é a carta, mantenha-a para si.
Assenti. Sentindo um arrepio assustador.
Eu apenas queria rasgar a carta em tantos pedaços quantos fossem possíveis, para que, irreconhecível, ela não pudesse me aterrorizar tanto. O que era bem ridículo.
Eu não sou supersticiosa.
Nunca acreditei em truques de mágica. Em qualquer tipo de magia. Ou pelo menos em nada que pudesse ser refutado pela ciência. Eu entendia de jogos e sabia que se eu estivesse jogando pôquer, já poderia dar pulinhos de alegria.
Às de espadas não passava de uma carta.
Os olhos do Sr. Hans se apertaram numa linha, analisando minhas reações.
— Às de espada. Preto.
Eu tremi.
— Muito bom! — Forjei admiração ao invés de pavor. — Como o senhor descobriu?
— Suas mãos — ele disse, apontando para a carta quando eu as entreguei —, elas estão tremendo por que você está com medo, Senhorita.
— Acho que não.
Eu tinha medo. Tinha um medo filho da puta de que minha carreira estagnasse. De que tudo o que investi resultasse em nada. Eu tinha medo de falhar.
— Deveria ter.
Aquele arrepio na pele agora percorreu minha espinha. Eu estava gelada.
— Por quê? — Eu tentei rir, mas, nervosa, aquilo soou estranho.
— Porque algo muito ruim vai acontecer. — Ele continuou. — Tenha muito cuidado.
Na ocasião, eu disse ao Sr. Hans que não acreditava nessas coisas. Eu tinha parado de acreditar a muito tempo em coisas inexplicáveis. Tinha parado de acreditar em Papai Noel quando, um ano depois da morte dos meus pais, nenhum presente apareceu para mim.
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Alexander: Implacável | Retirada em Breve
RomanceCamille Russel é uma jornalista e, apesar de ter um bom emprego como colunista em um dos tabloides mais influentes do país, ela sente que poderia ter mais. Então, quando o irmão precisa da sua ajuda e ela aceita assinar uma matéria sobre um bilionár...