Capítulo 11 | Alexander

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Não tente lutar
Nada que você possa fazer
Vou correr por cima de você
É tarde demais para tentar

New Blood, ZAYD WOLF.

— QUE LUGAR É ESTE, ALEXANDER? — Camille afastou uma lágrima do seu rosto

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— QUE LUGAR É ESTE, ALEXANDER? — Camille afastou uma lágrima do seu rosto. Uma única lágrima. Era quase como se implorasse para que eu agisse com misericórdia.

Como se aquela solitária e silenciosa lágrima me obrigasse a ceder, a oferecer-lhe a humanidade da qual ela acreditava precisar naquele instante. Era involuntária, mas, era um grito para que eu não a punisse.

— Você me manterá prisioneira como fez em Londres?

— Prisioneira. — Senti o gosto da palavra, enquanto Camille me olhava como se dos meus lábios escorresse sangue enquanto a pronunciei. — Escolha interessante de palavra, não acha?

Ela suspirou. Mas, a pequena farsa de garota indefesa que clama por misericórdia não durou. Seus ombros se alinharam, a coluna se tornou reta e então, eu vi nela exatamente o mesmo ar de superioridade que ostentava quando deixamos Londres.

— Você não sabe o que é ser prisioneira. — Seu olhar enfrenta o meu. — Mas, vai descobrir logo. Lyne?

— Sim, senhor Black.

— Certifique-se de que a senhorita Russel estará confortável. — Lyne Hawk era um bom soldado, servia nos confins do oriente quando seu país a abandonou, quando a conheci, ela não tinha motivações para continuar, serva da própria miséria, não era mais que a sombra do que deveria se tornar. Agora, ela sabe exatamente a quem segue.

Ela sabe que, se falhar, as responsabilidades pelas consequências são unicamente suas. Não deve seu destino a ninguém que não seja a si própria.

— Venha comigo, por favor.

Camille me olhou antes de enviar um olhar aflito a Lyne, era difícil saber o que ela mais temia. Principalmente se a bipolaridade do seu comportamento era tão evidente.

Em um momento, ela era submissa, vulnerável, abraçava o cativeiro como se fosse uma parte sua.

Noutro, arisca, sempre atenta, orgulhosa e demasiadamente impetuosa, com doses de coragem que beiravam o flerte perigoso que, por vezes, era praticamente irresistível entre nós.

As duas versões de Camille me agradam, é um fato. Mas, confesso, estou começando a ficar incomodado com sua face que insiste em um conflito. Me assassinar? Honestamente, quem seria tolo para tentar fazê-lo? Aliás, quem seria tolo suficiente para tentar e não garantir que conseguiria?

Lex? — A voz de Jax tem uma entonação preocupada. — Como está Camille?

— Não é com ela que você precisa se preocupar, Jax.

Alexander: Implacável | Retirada em BreveOnde histórias criam vida. Descubra agora