Capítulo 09 | Alexander

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O meu lado secreto
Eu nunca deixarei você ver
Eu o mantenho preso, mas não consigo controlá-lo
Então fique longe de mim
A fera é horrenda
Eu sinto a raiva e eu não consigo aguentar isso.

Monster, SKILLET.

— VOCÊ NÃO PRECISA AGIR COMO SE eu estivesse, todo o tempo, disposto a te machucar

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— VOCÊ NÃO PRECISA AGIR COMO SE eu estivesse, todo o tempo, disposto a te machucar. — Seus olhos direcionaram a mim algum tipo de fúria agora presente nela.

Eu tinha notado a forma como se comportava desde que deixamos o aeroporto internacional de Londres. Seus ombros estavam retos, da mesma forma que a coluna estava alinhada e o queixo esguio se colocava erguido. Algo estava diferente nela.

— Deve ser porque você sempre está disposto a me machucar. — Novamente, seu olhar enfrentou o meu, como na primeira vez em que nos vimos. — Não precisava ter ordenado ao seu cachorrinho que me inspecionasse tão intimamente.

Os olhos brilham, mas, a ira neles não é direcionada a mim e, sim, a Lyne, em posição de sentido ao lado da porta.

— Mas, fez ainda assim, porque sente prazer em me humilhar, já que não pode fazer isso ao meu irmão — diz, com propriedades suficientes para defender Ash Russel, o traidor.

Camille não percebia o óbvio: Ash também a traiu.

— Mas, não se preocupe comigo, eu não estou esperando desculpas suas, não que eu acredite que faria isso, em todo caso. — Eu sorrio, então, ofereço-lhe o braço para que me acompanhe.

Diferentemente de quando começamos a viagem, Camille trajava negro. Nada do tecido vermelho e curto que moldara seu corpo e me fizera ter um tempo difícil durante o voo. Ainda assim, havia um tipo diferente de beleza vindo dela.

— Alexander. — Sua voz soou de certa forma hesitante, como se estivesse disposta a jogar, mas, não soubesse que cartas ela deveria usar. Tinha a observado por todo o percurso do hotel ao carro e, somente quando a porta foi aberta, ela foi capaz de falar. — Estou sem calcinha.

Meu olhar paralisou sobre seu corpo quando ela entrou no carro e escorregou para o outro banco para que eu entrasse ao seu lado. Camille não me olhou por nenhum segundo, mas, inferno, eu tinha seguido sua expressão em cada maldito milésimo. Eu tinha certa excitação pela vulnerabilidade dela, mas, naquele momento, quando as primeiras garras pareciam despontar e prepará-la para a luta, eu a admirei.

Não foi uma sensação boa.

— Por quê? — questionei quando o palácio de Samir Hijazi, um dos homens mais influentes no mundo árabe, entrou em meu campo de visão.

Ela exalou antes de responder, não consciente dos efeitos que causava.

— Quando deixamos Londres, você exigiu que eu estivesse assim. Humilhada, anulada, violada. — Cada palavra deixou seus lábios com irritação genuína. — Agora, foi uma escolha. Você pode me trancar em mil gaiolas, mas, eu ainda serei livre, porque você não é meu dono.

Alexander: Implacável | Retirada em BreveOnde histórias criam vida. Descubra agora