Capítulo 06 | Camille

11.4K 1.2K 182
                                    

Quando você está se sentindo descuidado
Quando você está se sentindo acorrentado
Quando não há nada além da dor
Bem-vindo ao meu lado escuro

Dark Side, BISHOP BRIGGS.

DE REPENTE, EU QUERIA RECUAR

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

DE REPENTE, EU QUERIA RECUAR. Não ter feito a pergunta.

— O que você acha? — Lampejos correram sobre seus olhos. Eu conhecia aquele brilho, já o tinha visto em outro olhar. — Eu disse que não derramarei seu sangue.

— Você não precisa derramar meu sangue para me matar — respondi-o, convicta. 

A última coisa que eu seria é enganada por seu porte de cavalheiro, nada das intenções de Alexander para comigo era claro, exceto aquele brilho maldoso que sempre estava em seus olhos quando palavras cercadas de múltiplos sentidos deixavam seus lábios.

— Isso é o que parece? — Quando ele respondeu, o fiapo de gelo contornando sua voz alimentou o medo dentro de mim. — Que eu quero matá-la?

— Você odeia Ash, eu sou a única pessoa a quem ele ama no mundo. — Mais uma vez, um arrepio estranho percorreu minha pele, como um aviso. Não existia nada mais que Alexander pudesse querer de mim que não fosse machucar Ash. — Existe vingança mais perfeita que essa?

Alexander não se moveu. Ele olhou para mim com uma expressão turva em seu rosto, me observou como se isso fosse muito importante, como se ele estivesse se decidindo entre me dar um tiro ou apenas me jogar fora.

Não pense nisso.

— Tenho uma reunião agora. Espero-lhe para o jantar. — Antes que eu pudesse retrucar, a grande porta foi aberta. Os dois jaguares imponentes e ferinos esculpidos no hall de entrada foram iluminados. 

Alexander passou por eles com a mesma imponência, de repente, era como se todos os holofotes se direcionassem a ele quando passava.

De fato, esse homem se sentia o centro do mundo.

— Lyne.

— Senhorita.

— Camille — murmurei meu próprio nome, mas, ele soa tão baixo, entalado em minha garganta quando o pronuncio. De certa forma, eu tinha a ilusão de que alguém me chamando por ele me impediria de esquecer quem eu era.

Principalmente porque meu corpo tinha aprendido o triste hábito de fazer isso.

— Você é minha segurança ou você é minha vigia? — pergunto sem sutilezas, afinal, eu precisava me armar, descobrir o que poderia e o que não poderia usar para escapar dessa situação mórbida.

— Segurança — respondeu, firme. Seu cabelo estava preso num baixo rabo de cavalo hoje, eles eram escuros como o céu desta noite. Ela sorriu tristemente, e eu peguei isso ao meu favor.

Alexander: Implacável | Retirada em BreveOnde histórias criam vida. Descubra agora