Capítulo 19| Alexander

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Sangue quente nessas veias 
Meu prazer é ver a dor deles 
Eu adoro ver os castelos queimarem 
Essas cinzas douradas se transformarem em terra 

Play with Fire, SAM TINNESZ

MEU CONTROLE ESTAVA devastado, e continuar olhando para Camille não me ajudaria a restaurá-lo

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MEU CONTROLE ESTAVA devastado, e continuar olhando para Camille não me ajudaria a restaurá-lo.

Sua boca vermelha marcada pela minha e os olhos profundos como o oceano vasculhando os meus nunca deixaram minha mente. Ela era incrivelmente bonita.

E eu precisava urgentemente ficar longe dela.

Tudo o que eu precisava era que Camille estivesse fora do quarto quando eu saísse do banho. Eu apenas não contava que sua determinação de ferro pudesse sobreviver às duras e frias palavras que eu havia lhe direcionado.

Sentia-a tocar o cume da minha coluna, sob a água quente, apenas um pouco abaixo da nuca e dedilhar a trilha abaixo. Então, eu me virei e peguei seu pulso no ar. O sorriso travesso na expressão que ela ostentava me fez querer matá-la.

Mas, também me fez querer transar com ela.

― Você realmente me olha... ― Ela silencia momentaneamente, analisando meu olhar através da água caindo entre nós. ― Como se quisesse me matar, mas...

Então, Camille começa a rir, me deixando ainda mais confuso.

Que porra essa mulher faz comigo?

Ela estendeu a outra mão e pegou a minha, levando-a para seu pescoço. Eu não o apertei, ou fiz qualquer coisa além de incliná-la para um lado e outro para ver cada marca que havia deixado ali.

― Se me matar é o que você realmente deseja, faça isso.

Seu pulso está acelerado, mas, ela permanece imóvel. Não recua, ou avança.

Eu a olhei. Sabendo que eu estava fodido. Verdadeiramente.

Ela era a luz que eu me recusava a olhar.

Mas, também era a escuridão que eu abraçava tão completamente.

Nunca tinha me perdido tanto em alguém, porra.

― Alex.

Então, eu fiz a única merda que eu nunca poderia ter feito. Puxei-a para minha boca e possuí a sua mais uma vez, jurando ser a última.

As mãos de Camille vieram para cima. Deslizando-as nos meus cabelos e, gemendo, ela sugou minha língua, me enlouquecendo. Meu pau endureceu no mesmo instante. Meu corpo traindo minha consciência.

Eu não deveria estar fazendo isso.

Eu deveria machucá-la. Fazê-la chorar. Fazê-la sangrar.

Camille deveria ver o monstro.

Alexander: Implacável | Retirada em BreveOnde histórias criam vida. Descubra agora