Capítulo 54|Camille

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Oláaaa! Quem é vivo sempre aparece, né?! Ia postar tudo pra finalizar logo (só falta o final e epílogo), mas, como ainda não terminei, vou postar esse aqui para vocês irem matando a saudade e se despedindo também.

Há dois lados para cada história
Mas, eu não sei como este termina
Você quer o fogo 
E você quer a glória...

Whose Side Are You On, RUELLE.

Até onde eu iria por um homem que eu já quis destruir?

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Até onde eu iria por um homem que eu já quis destruir?

Meu nome é Aliksandr Naffar, eu sou o primeiro filho de Khaled Naffar e Lennor Black. Minha mãe... ela nasceu na Inglaterra, mas, foi no Egito onde eu nasci e passei quase toda a minha vida. Estão dizendo que eu sou um monstro, não estou aqui para convencê-los do contrário. As pessoas me falam para dizer a verdade, mas, a verdade é que eu estou cansado.

― Infelizmente, eles decidiram por uma audiência fechada. Isso quer dizer que você não vai poder assistir, ao menos não lá de dentro. ― Jax reafirma o que já havia dito em outra ocasião, não fiquei menos irritada com isso do que na primeira vez, claro. ― Então, eu consegui um jeito para conseguir assistir.

― Já disse que você é maravilhoso hoje?

― Me agradeça quando sairmos disso tudo. Entre por ali, a porta estará destrancada, você vai conseguir ver, mas, não pode interagir ou fazer qualquer barulho. Entendido?

― Sim, senhor! ― Ter Jax e as minhas amigas ao meu lado durante os últimos dias havia sido muito bom. Essencial, eu diria. Eles reavivavam minhas esperanças quando elas estavam por um fio. E quando elas voltaram para casa, só haviam Lyne e a família do Alex aqui. Jax, em especial, fazia tudo que era possível dentro da lei para fazer isso dar certo.

E o Alex, bem, ele estava esperançoso. E paradoxalmente pessimista.

No íntimo mesmo, eu tinha aquela sensação de que as coisas caminhavam para um final, fosse bom ou ruim, a partir daquela audiência, nossas vidas seguiriam rumos extremamente diferentes. Talvez, em algum momento da minha vida eu tenha sonhado com casinha de cerca branca, flores no jardim e crianças correndo por ele. É provável que a menina que eu fui tenha sonhado com essas coisas.

Mas, em algum momento, tudo isso se perdeu, deu lugar à escuridão, ao medo e à dor. Então, quando me sentei em um banco frio de madeira atrás de uma tela grossa de madeira para assistir o pai do meu filho ser julgado, olhei um pouco para dentro de mim mesma e me recusei a sequer imaginar como seria se nosso final fosse tão ruim quanto o começo.

Tudo o que eu queria era fugir desse mundo em que somos culpabilizados pelos monstros que fizeram com que tivéssemos que sujar nossas mãos com sangue. Nós somos culpados, é claro que somos. Somos culpados por continuar resistindo quando todos os demônios, nossos demônios, continuam tentando nos arrastar com eles.

Alexander: Implacável | Retirada em BreveOnde histórias criam vida. Descubra agora