Eu sou uma sobrevivente
Eu não vou desistir
Eu não vou pararSurvivor, 2WEI.
NENHUM LUGAR PARA FUGIR. Nenhum de nós se move. Um pigarreio deixa o interior da sua garganta, é tão gutural que não acho que sou capaz de atestar sua veracidade.
Eu recuo. Ele avança.
― Camille.
― Ele mandou você, não foi? ― Ele está armado. Os olhos azuis cintilam. Eu me lembro dele. Não precisava vê-lo mais que uma vez e o lugar em que o vi já me dizia para onde eu seria levada.
De volta ao covil da fera.
Ele avança. Eu recuo.
Então, eu reagi. Eu tinha asas e alcei voo. Um giro me colocou de costas para ele, eu não me importava que ele tinha uma arma, honestamente, talvez ele não fosse usá-la em mim. E se fosse? Um disparo pelas costas?
Na melhor das hipóteses eu pararia de respirar e isso acabaria.
Mas, eu continuava correndo, exatamente como eu tinha feito nas últimas horas da minha vida. Porque, contrariando todo o cenário da minha vida até então, eu estava me agarrando as últimas centelhas de esperança. Eu queria viver.
Não conhecia o motivo. Mas, existia uma vontade dolorosamente pulsante dentro de mim. Eu queria viver e eu faria absolutamente qualquer coisa por isso, passaria por cima de quem tivesse que passar se isso significasse ficar em segurança.
Eu entrei num beco sem saída, foi por isso que eu senti o corpo daquele homem pressionando o meu contra a parede rústica. Suas pernas impediram as minhas de tentar desvencilhar do seu toque. Ele tinha técnica, eu não tinha nenhum tipo de recurso exceto a arma dele se eu conseguisse alcançá-la.
― Black mandou você ― murmurei, com raiva deixando meus músculos doloridos e tensos.
― Não. ― Sua respiração também é ofegante. ― Ash. Ele me mandou.
― Mentira.
― Somos amigos, nos conhecemos quando ele veio trabalhar para o Black. ― Ele replica rapidamente. ― Sou Donnavan Wings. Ele me disse que você precisaria de ajuda.
― Prove.
― Estou com seu passaporte. ― Jesus Cristo. Minhas pernas ficam bambas. Minha boca fica seca. É mentira dele. ― E com alguns outros pertences.
― Prove ― repito.
Ele não hesitou, um documento com foto foi colocado na frente do meu rosto. Mesmo que por breves minutos, eu poderia reconhecer. Não era um passaporte. Mas, me pertencia sim. Ele afrouxou seu aperto e eu cedi. Então, ele se afastou.
― O que você quer?
― Vou te levar de volta para Santa Mônica ― afirmou categoricamente. ― Um amigo nas embaixadas oficializou seus vistos, temos passagens para amanhã de manhã.
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Alexander: Implacável | Retirada em Breve
RomanceCamille Russel é uma jornalista e, apesar de ter um bom emprego como colunista em um dos tabloides mais influentes do país, ela sente que poderia ter mais. Então, quando o irmão precisa da sua ajuda e ela aceita assinar uma matéria sobre um bilionár...