Camille Russel é uma jornalista e, apesar de ter um bom emprego como colunista em um dos tabloides mais influentes do país, ela sente que poderia ter mais. Então, quando o irmão precisa da sua ajuda e ela aceita assinar uma matéria sobre um bilionár...
Não vou falar muito para não atrapalhar vocês, coisas lindas!! Mas, me deixem saber o que vocês acham. É minha primeira experiência com histórias assim, então, vamos fazer isso juntas? Posso contar com vocês?
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22 de Setembro de 2018
EU PASSEI OS ÚLTIMOS DIAS em um turbilhão de excitação e curiosidade, agora, um salão dourado me acolhia em luxo e sofisticação e eu só conseguia me perguntar por que não fiquei em casa. Lendo pesquisas. Ou perdendo meu precioso tempo assistindo mais um episódio na Netflix.
Camille Russel / 101 Wilshire Boulevard, No. 8 / Santa Mônica, CA / 90406.
Um convite havia me arrastado até aqui. Principalmente minha curiosidade, mas, claro, eu tinha dedicado minha atenção a ele nos últimos cinco dias. Havia empurrado em uma gaveta e esquecido.
Não, eu não o esqueci. Ele estava lá, em algum lugar do meu subconsciente, como um ladrão espionando sua próxima vítima. Ele era nosso objetivo, eu havia sido notada. E, apesar disso, eu estava reticente. Até ser dobrada, amassada e rendida.
— Srta. Russel?
Eu me virei para descobrir o dono da voz. Alguma coisa se contorceu em meu estômago, sentindo que algo não estava bem. Era errado. Muito, muito errado. Por puro instinto, meus olhos percorreram todo o homem alto e esbelto a minha frente.
Jesus Cristo!
Um vento fraco varreu minha mente, mas, desalinhou meus pensamentos com turbulência. Este homem era um estranho, mas, eu sentia que já o conhecia. Talvez por ter ouvido tanto sobre ele nos últimos meses. Ele parecia misterioso, mas, era como se eu já conhecesse seus mistérios.
Dois extremos. Apenas duas possibilidades. Seduza e destrua.
— Sim. — Ele tinha altura e um porte que faria os melhores modelos arrancarem seus cabelos pela raiz. Um cabelo escuro e perfeito; perfeitamente alinhado num terno completamente negro.
— É um prazer conhecê-la. — sua voz mostrava muito pouco, mas, eu consegui identificar parte de um sotaque europeu, inglês, mais precisamente. Cortante, frio.
Seus olhos acinzentados me capturam para uma prisão sombria. De poder. Arrepios gelaram através da minha coluna e eu me forcei a aceitar a mão que oferecia. Esse homem é perigoso.
Porque sua presença me enche de medo gélido e ainda me aquece?
— Sinto muito, mas, eu deveria conhecê-lo? — tentei soar verdadeira, embora já soubesse.
— Alexander. — ele me olhou, curvando-se para quase beijar as costas dos meus dedos. — Alexander Black.
As chamas em seu olhar se transformaram em erupção vulcânica. Eu poderia senti-lo me perfurar. E, por Deus, silenciosamente, eu amaldiçoei cada emoção atravessando meu espírito. Eu estava com um monte de problemas agora.
