Camille Russel é uma jornalista e, apesar de ter um bom emprego como colunista em um dos tabloides mais influentes do país, ela sente que poderia ter mais. Então, quando o irmão precisa da sua ajuda e ela aceita assinar uma matéria sobre um bilionár...
Eu vou acabar com você Eu vou ter você implorando misericórdia Eu sou perigoso
Dangerous, ROYAL DELUXE.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— DÊ-ME DUAS RAZÕES CONVINCENTES o bastante para ter envolvido sua irmã na sua merda, e eu deixo você livre imediatamente.
Ash Russel cuspiu sangue a poucos centímetros dos meus sapatos, maculando o branco reluzente do piso abaixo de nós. Ao nosso redor, a ausência de cor representaria uma tortura agonizante no futuro.
— Eu achei que a Convenção das Nações Unidas tivesse ratificado um tratado em desfavor à tortura. — Eu aceno para Rashid, ele se aproximou sutilmente e deitou seu punho em direção ao rosto de Ash.
Sangue espirrou pelo nariz.
Olhos azuis extremamente familiares me enfrentam, resignados.
— Não pretende sujar suas mãos, Black? É por isso que trouxe um dos seus cães? — Ele escarneceu, migrando o olhar do meu para Rashid. — É. Eu estou falando de você, cãozinho.
— Quando eu sujar minhas mãos com você, acredite, será a última vez, Russel.
De joelhos, sentado sobre os próprios pés e de mãos atadas em todo e qualquer sentido. Nem mesmo a subjugação forçada o fazia recuar, eu admirava isso, da mesma forma que admirava o orgulho cravado na postura da irmã.
Mas, me incomodava. Fodidamente.
— O que leva você a acreditar que fui eu a pessoa quem colocou Cami nisso?
Cami. Sutil. Íntimo.
Amoroso? Não. Se ele a amasse, ela não estaria aqui.
— Cami faz o que quer, sempre foi assim. Sempre será assim, antes e depois de mim, e de você. — A propriedade com que ele murmurou aquelas palavras me olhando não me incomodou tanto quanto a forma que eu acreditava que ele tinha razão. — Porque, vai por mim, cara, é bem mais provável que a gente se foda antes dela.
— Então, você está consciente de que ela jamais voltará para casa. — Ele não conteve o estrondo deixando sua garganta em forma de riso. — A menos que...
— Eu nunca vou dizer o que você quer ouvir. — Rashid recebeu meu aceno com satisfação, puxei a cadeira e sentei-me, espreitando. — Grande homem você, bater num cara amarrado.
— Grande homem você, enviar sua irmã para ser morta no seu lugar.
— Por acaso não é você aquele que tem a vida dela nas mãos? — Ash era um risco. Ele mente, rouba e engana. E a pior parte é que ele é realmente bom em toda essa merda.
Eu o enfrento no olhar. Os cortes no supercílio, olho roxo e lábios machucados não estão sequer perto de fazê-lo se curvar.
— Você a machucou? — E, ainda assim, foi no fio quase invisível de preocupação que concentrei minha atenção. Acenei para Rashid e ele parou o movimento antes da execução.
