CAPÍTULO 14

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OLÍVIA

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OLÍVIA

Descobri poucos minutos depois, que Lili, na verdade era Liliana, uma adorável mulher de cabelos castanhos que gritava mais do que qualquer pessoa que eu já tinha torturado.

— Respira fundo Lili — Crystal já tinha repetido aquilo tantas vezes que era uma surpresa a mulher não tê-la mandado para o inferno. — Quando eu chegar no três você empurra com toda sua força.

Deitada na cama simples, com o rosto encharcado de suor, Lili balançou a cabeça em concordância.

Os três homens ficaram esperando fora da casa, Russel sequer tentou entrar na casa quando chegamos, preferindo ficar de fora da comoção, Lili perguntou apenas uma vez onde ele estava, e se ficou magoada com sua ausência não demostrou, acho que ter um bebê rasgando você é mais importante.

A casa da família Higgins, é carregada de uma simplicidade encantadora, as mobílias de madeira reluziam de tão limpas, jarros de flores enfeitavam cada superfície, cada uma mais colorida que a outra. Tapeçarias de cores vivas destacavam as paredes de madeira, tudo parecia em seu lugar, tudo parecia gritar casa.

Imaginei por um segundo como seria ter aquilo, uma casa para chamar de minha, visualizei as paredes em minha mente, ornamentas por quadros de moldura dourada, pensei em tapetes de pele cobrindo o chão do quarto e cadeiras estofadas de cetim vermelho decorando o cômodo com elegância.

Meu futuro não é mais uma coroa, não preciso proteger mais ninguém, não preciso mais lutar. Tudo o que era esperado de mim agora é apenas passado.

Posso fazer o que eu quiser.

Uma casa para chamar de lar, que lembrasse a mim mesma, que carregasse toques de meus gostos em cada pedacinho.

Nunca mais um quarto frio, decorado com tristeza e medo, assombrado pelas sombras do passado.

Nunca mais.

— Olívia ?

Saio de meus devaneios e encaro Crystal.

— O que ?

Me aproximo da cama, e reparo na mulher chorando.

— Pegue aquele pano para mim.

Eu levei o tecido para ela, e então me voltei para Lili, e sentei ao seu lado, soltei seus dedos que seguravam o lençol com força, e apertei sua mão contra a minha.

Não consegui deixar de pensar em Lívia, e como daqui a alguns meses seria ela em uma cama dando a luz.

Eu não estaria com ela, não poderia apertar sua mão e dizer que tudo ficaria bem.

Eu jamais poderia compensar minha ausência, nunca mais poderia dizer que eu me importo de verdade com ela.

Mas há uma garota aqui, tão assustada e com medo quanto minha irmã estará, e se não posso ajudá-la mais, ainda há outras pessoas que precisam.

Olívia (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora