🚫 ESSE LIVRO É O SEGUNDO DE UMA TRILOGIA, PARA ENTENDER OS ACONTECIMENTOS É NECESSÁRIO A LEITURA DA PRIMEIRA HISTÓRIA. 🚫
🚫 A SINOPSE ABAIXO CONTÉM SPOILERS DO PRIMEIRO LIVRO. 🚫
UMA PRINCESA EXILADA.
UMA GUERREIRA CR...
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OLÍVIA
Quando minhas pernas fraquejaram, ele me segurou.
Quando meus olhos ficaram pesados demais para se manterem abertos, eu apenas repousei em seu peito, me entregando a segurança da escuridão sem conseguir desligar a sensação dos braços dele ao meu redor. Acompanhei silenciosamente o caminho, traçando cada passo mentalmente, abro os olhos quando ouço o barulho da porta, vendo a banheira se aproximar e seus braços me colocarem sob o banco ao lado com delicadeza, o calor onde suas mãos estiveram a poucos segundos permanece, como uma marca invisível.
Vapor dança em cima da água, convidativo demais.
Forço meus olhos a se manterem abertos, e encaro Adam, parado à minha frente.
— Vou chamar alguém para ajudá-la.
Seguro seu pulso antes que ele saia.
— Não — digo.
Seus olhos pousam onde meus dedos o seguram.
— Você precisa...
Me levanto, minhas pernas estão fracas,mal suportando o próprio peso, então me seguro nele para me equilibrar antes de me aproximar da banheira. Puxo o vestido ensanguentado para cima ficando nua, depois jogo a peça no chão.
Deslizo para dentro da banheira, transformando a água cristalina em um borrão vermelho em pouco tempo.
O silêncio entre Adam e eu parece pesado, não consigo me livrar da sensação de ter que me justificar, mesmo que eu saiba que não tenho que fazer isso. Não posso pedir desculpas pois não me arrependo.
Eu nunca me arrependo quando faço o necessário.
Talvez seja por isso que eu não sinta raiva da minha irmã, talvez sejamos mais parecidas por dentro do que por fora. Ambas fazendo o que é preciso para sobreviver.
— Não precisa se preocupar — ergo os olhos da água vermelha para encarar Adam enquanto falo — Irei partir amanhã, não precisa se preocupar com mais estragos que eu possa causar.
Algo que não consigo discernir brilha em seus olhos, tão fugaz quanto o vento, em um minuto está ali e no outro desapareceu.
Ele balança a cabeça, então se afasta em direção a saída.
— Falamos desse assunto amanhã, descanse por hoje — a porta bate quando ele sai, sem mais nenhuma palavra.
Fico olhando para a porta, minha cabeça é uma bagunça enquanto tento organizar os pensamentos e planejar o que farei amanhã.

O sol mal nasceu quando abro os olhos, como sempre estou acordada enquanto todos ainda repousam na terra dos sonhos. Só não me levantei como de costume, apenas fico ali encarando o teto, até o Sol brilhar mais forte, e a movimentação no castelo começar. Não demora para que alguém apareça batendo na porta, antes de uma criada entrar com uma bandeja de comida, ela sai tão rápido quanto entra, e eu nem me esforço para olhá-la.