CAPÍTULO 38

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OLÍVIA

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OLÍVIA

Eu consigo ouvir o barulho que vem do centro da cidade, risadas distantes ecoam na brisa do entardecer, a música animada já está tocando antes mesmo que o Sol se ponha, e enquanto todos já se encaminham para o banquete, eu e Crystal continuamos aqui.

— Acho que devíamos nos apressar - a voz dela sai abafada, em sua tentativa de falar sem mexer muito a boca, na qual me dedo espalha o pigmento vermelho.

— Estou terminando - murmuro, concentrada na tarefa.

A verdade é que hoje é um dia especial para todos, mas ainda mais para Crystal, mesmo que ela não saiba disso ainda.

Termino sua maquiagem e me afasto para admirar o resultado.

— Você está linda.

— Perto de você, estou parecendo uma bruxa, por favor não ande comigo hoje - ela brinca.

Eu realmente não poderia ficar perto dela hoje.

— Não seja boba — me sento ao seu lado e coloco os sapatos, ela faz o mesmo com um sorriso no rosto bonito.

— Obrigada, Olívia - dou de ombros sem me importar muito, até sentir sua mão em meu ombro, ergo o rosto para encontrar seu olhar. — Você se tornou a irmã que nunca tive, e sei que é difícil para você depositar sua confiança em outra pessoa.

Sorrio para ela

— Não seja dramática em um dia de festa Crystal.

Sua risada ecoa pela casa, e sinto meu coração se aquecer com o som de vida espalhando-se por essa casa sempre vazia, quando estou com as meninas, parece que posso ver a luz transbordando pelas frestas escuras da cabana.

— Tudo bem, não vou fazer drama, mas ainda assim me sinto grata.

Olho para ela por um momento, então puxo-a para um abraço, afundo o rosto nos cachos louros e inspiro, sentindo o cheiro de flores, e é como estar em paz por um instante.

— Você foi a primeira pessoa a me acolher depois de um longo tempo, você sabe que se alguém deve ser grata aqui, esse alguém sou eu. - Me afasto de seus braços e seguro seu rosto com as duas mãos - Você será a pessoa mais feliz desse mundo, vou garantir isso.

Seu sorriso brilhante se abre, como o nascer do Sol.

— Vou te arrastar para o meu mundo de arco-íris então.

Faço uma careta e me levanto saindo apressada para fora com ela em meu encalço.

— Nem começa - falo — não vou tricotar com você até a velhice com cinco crianças para cuidar.

Ela ri enquanto me acompanha até sua carroça maltrapilha.

— Estamos bonitas demais para andar nessa coisa velha — comento, olhando a madeira apodrecida com desgosto. É uma pena.

Olívia (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora