🚫 ESSE LIVRO É O SEGUNDO DE UMA TRILOGIA, PARA ENTENDER OS ACONTECIMENTOS É NECESSÁRIO A LEITURA DA PRIMEIRA HISTÓRIA. 🚫
🚫 A SINOPSE ABAIXO CONTÉM SPOILERS DO PRIMEIRO LIVRO. 🚫
UMA PRINCESA EXILADA.
UMA GUERREIRA CR...
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OLÍVIA
Sinto meu corpo balançar, e o movimento me acorda aos poucos. Minhas memórias vão clareando, me fazendo lembrar que alguém me apagou na floresta.
Abro os olhos, encontrando tudo escuro, apenas algumas frestas de luz atravessam as fissuras da madeira.
Não faço ideia de quanto tempo estou desacordada, mas levando em consideração a pancada, já faz um bom tempo.
Não consigo me mexer, minhas pernas estão encolhidas para caber no barril, saber que estou confinada em objeto tão pequeno e apertado, faz minha respiração acelerar. Quanto mais penso em como é difícil respirar aqui, mais difícil se torna puxar o ar.
Meu Deus.
Ergo minhas mãos, e bato as palmas contra a tampa, mas como esperado ela não se move um centímetro.
- Abre essa porra! - Bato desesperada contra a tampa, o medo começa a enfiar suas garras em mim quando escuto a risada masculina. Batidas ressoam no barril, como se ele estivesse batendo os pés, não duvido que ele esteja sentado em cima e apreciando a vista enquanto ri da minha desgraça.
- Eu imaginei tanto como esse momento seria. - sua voz é grossa e profunda, há uma rouquidão em suas palavras, como se ele não falasse a muito tempo, o som se arrasta pela minha pele me causando calafrios.
- Quem é você?- pergunto, não reconheço sua voz e nunca conheci alguém bom o bastante para me enfrentar.
- Você não me conhece princesa, mas eu sei tudo sobre você - sua voz é como um arranhar enferrujado, ele parece se esforçar para que cada palavra saia.
- Realmente, você parece ter saído de uma caverna onde passou muitos anos escondido, sua comunicação é péssima, então sei que nunca frequentou a corte. - falo, tentando identificar algum sotaque em suas palavras, mas não há sinal nenhum.
- Perdoe minha falta de tato com conversas, eu não falo muito, só com minhas adoráveis presas. E já faz algum tempo que estou sem caçar.
- Quer dizer que sou sua caçada depois de um bom tempo? Que sorte a minha, acho que você vai estar ainda mais animado para me matar. - tento fazer ele falar mais, para escutar melhor a entonação de cada palavra.
Ele ri, o som parece forçado como se ele não soubesse como fazer.
- Eu não me animo para matar, mas me divirto muito em jogar com suas vidas. É divertido ver vocês acharem que tem alguma chance.
- Acho que você está me subestimando muito.
- Ah não, eu jamais me atreveria a diminuir seu talento para o assassinato. Sabe, eu acompanhei bastante seu trabalho, bem brutal por sinal, mas eu gosto. Combina com você.
Não consigo captar o menor sotaque em suas palavras.
- Meu pai te mandou atrás de mim, não é?- pergunto.