CAPÍTULO 36

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OLÍVIA

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OLÍVIA

— Ei! sua pirralha, tire suas mãos do meu jardim! — grito através da janela, ao ver uma garotinha esticando as mãos para além da cerca da minha casa.

Ela arregala os olhos em minha direção, percebendo que foi pega, e então sai correndo em disparada pela estrada.

— Malditos sejam essas crianças desocupadas! — murmuro.

Volto a sentar na cadeira, e termino de calçar as botas rápido. Meus planos para a manhã são tão simples como deveriam ser vivendo em um lugar pacato como esse, acordar cedo, comer e então ir trabalhar. Eu não tinha sido chamado para o turno de hoje, já que a colheita chegava ao fim, o trabalho acaba ficando pouco para tantas mulheres. Mas apesar de não ter nenhum trabalho fora, minha casa precisava de uma limpeza urgente.

Olho em volta, para o chão sujo e os sapatos espalhados, tigelas e copos sujos espalhados pela mesa. Eu passei tanto tempo trabalhando fora, que acabei negligenciando os cuidados com a casa.

Suspiro, contente pela perspectiva de poder cuidar do meu próprio lar. Não consigo conter o sorriso, a felicidade borbulha dentro de mim, porque finalmente tenho o que um dia achei ser impossível. Uma casa simples, longe da corte e do rei, longe de qualquer coisa que pudesse me aterrorizar, livre para fazer o que eu quiser.

— Finalmente — comemoro, mesmo sabendo que toda a calmaria que minha vida se tornou, pode desaparecer tão rápido quanto chegou. Me levanto animada, e pego a grande trouxa de roupas sujas de cima da mesa.

— Eu devia ter chamado Crystal para me ajudar— analisando bem minha situação agora, eu acredito que vou precisar de algumas aulas sobre afazeres de casa, porque eu não fazia a mínima ideia de como ajeitar tudo aquilo sozinha. Pego a barra de sabão e a trouxa de roupas, e me encaminho para fora.

O pequeno jardim floresce lindamente perto da cerca, enquanto as flores amarelas que cercavam tudo, pareciam ainda mais bonitas, mesmo com tantas crianças sem educação arrancando suas pétalas todos os dias. Parecia uma cabana onde uma família de camponeses viviam felizes, no entanto, a única coisa que habita este terreno, sou eu, sozinha com meus demônios.

Olho para o céu azul resplandecente, com o Sol brilhando com toda a sua força, e reflito.

— Talvez eu devesse arranjar um marido— constato.

Parecia uma péssima ideia, mas quanto mais eu penso na possibilidade, mas atrativa ela fica. Eu poderia encontrar algum rapaz, que se importasse mais em ter uma linda esposa, do que uma esposa de boa reputação. O que poderia não ser muito difícil, mesmo depois de toda sua fama de traidora, os homens ainda me desejam.

Eu estava longe do palácio, esquecida por todos daquele mundo. A única coisa me perseguia era o maldito vigia, que eu não demoraria a por um fim.

Talvez eu realmente pudesse começar a construir algo além de sofrimento.

Olívia (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora