CAPÍTULO 43

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OLÍVIA

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OLÍVIA

Me esforço para levantar, chocada demais com o homem andando em minha direção.

— Você é de Barker— sussurro.

O homem à minha frente, é parecido demais com Dylan. O cabelo ruivo é longo, os fios de fogo trançados para a guerra, os olhos azuis da mesma tonalidade.

A diferença está no tamanho, o desconhecido tem o dobro do tamanho do príncipe, onde um reluzia, o outro é uma completa escuridão.

Não encontro vida em seus olhos. Seu rosto é a própria morte, uma sombra de um homem, uma tentativa falha de se passar como humano.

— Eu não sou apenas de Barker princesa, eu sou um Barker — ele desembainha a adaga da cintura, girando ela entre os dedos com uma familiaridade assustadora.

— Isso é impossível— murmuro— Eu nunca ouvi falar sobre você, nunca vi sequer seu rosto. Quem é você?

Ele inclina a cabeça, me encarando com o que só posso imaginar ser uma expressão de divertimento, mesmo que ele não pareça saber nem o significado da palavra.

— Você não me conhece, porque eu não existo. Sou a porra de um fantasma, sou a arma secreta do Rei de Barker. Não sou herdeiro, e não sou príncipe, sou apenas um bastardo. A escória da família, eu não estou nos quadros, nem nos livros genealógicos, eu existo com um único propósito nesse mundo: matar.

Quanto mais perto ele chega, mais alerta fico.

Observo seus movimentos, tentando desvendar seu próximo passo, tentando estudar seu modo de ataque.

— Você é um filho ilegítimo.

Nós dois andamos em círculos, rodeando um ao outro.Ele esperando uma brecha para me atacar com a adaga em sua mão, enquanto eu tento apenas prever seu movimento antes que a lâmina afunde no meu corpo.

Ele precisa de apenas uma chance, e as probabilidades não estão ao meu favor.

— Acho que é a forma mais carinhosa que alguém já se referiu a mim— ele comenta, seus olhos inexpressivos me observando como se eu fosse a porra da sua presa, como se eu não passasse de uma mosca zunindo na sua frente.

Ele joga um jogo que já estava ganho.

Foda-se, então eu seria sua melhor adversaria.

E eu não cairia sem levar ele comigo.

Despreparada é um eufemismo para minha situação. Não tenho nenhuma arma, estou cansada demais, ofegante não só pela corrida mas também pela quase morte afogada. Meu corpo está exausto e dolorido, meus pés machucados soltam fagulha de dor, cada passo que dou é como estar pisando em cacos de vidro.

— Então não é Sarabely que me quer morta — constato.

— Meu rei tem grandes planos, e eles não envolvem nem você nem a sua irmã.

Olívia (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora