CAPÍTULO 39

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ADAM

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ADAM

Observo as pessoas dançando sem muito interesse, os rostos de todos se tornando um borrão a cada segundo que passo aqui. Estou distraído em minha própria cabeça, que nem percebo que não estou mais sozinho.

— Já faz um bom tempo que não vejo você meu lorde — sinto a mão delicada em meu ombro, e me contenho para não a retirar imediatamente.

Não preciso erguer os olhos para encarar Vivienne, já que ela faz questão de se abaixar da forma mais reveladora possível. Desvio os olhos de seu corpo, quando ela se curva ainda mais para falar no meu ouvido.

— Acho que podemos ir para um lugar mais reservado — sussurra, mas já não estou mais ouvindo quando meus olhos encontram o motivo da minha insônia.

Eu a reconheço mesmo a distância, enxergo seus cabelos de corvo encaracolados até cintura, os fios presos em um penteado meio solto dá um volume extra para o cabelo, sua silhueta curvilínea balança levemente ao som da música, como se não percebesse o que está fazendo. E então ela se vira em minha direção, os olhos sendo atraídos assim como uma mariposa é atraída pelo fogo, e apenas seu olhar azul gélido faz meu corpo queimar, como se entrasse em combustão.

Um aro dourado circula sua testa, com uma pedra vermelha pendendo no centro, seus olhos azuis parecem ainda mais mortais com o delineado preto e a boca carnuda como sempre, está tingida de um vermelho profundo. Ela usa um vestido vermelho com detalhes dourados, um decote em formato de coração evidencia ainda mais os seios fartos, os ombros estão de fora e a manga longa começa apenas em seu bíceps, revelando e escondendo na mesma proporção.

Não encontro palavras humanas para descrevê-la, linda ou deslumbrante ainda não poderiam chegar aos pés da princesa, entre todos na multidão, ela parece brilhar como a porra de um Sol no meio de todos. Quero me levantar e ir até ela, quero sentir a textura de seu cabelo, quero sentir seu cheiro, seu gosto, desejo tanto que fecho meus punhos com força, para me conter.

Seus olhos desviam dos meus, no mesmo instante em que sinto a mão de Vivienne deslizar pelo meu peito. Agarro seu pulso antes que ela continue.

— Saia— é a única coisa que digo.

Ela puxa o braço do meu aperto com raiva, não me dou ao trabalho de olhá-la, apenas continuo observando Olívia e Crystal desaparecer na multidão.

— Qual o seu problema? — sua voz histérica chama a atenção de algumas pessoas, eu apenas aceno para o guarda mais próximo e ele caminha em nossa direção. Vivienne olha para nós dois com raiva, e então sai batendo os pés como uma criança birrenta.

Vejo Gael subindo o palanque e caminhando em minha direção, sua expressão tranquila faz meu temor por qualquer problema desaparecer.

O soldado faz uma reverência rápida quando se posiciona na minha frente.

Olívia (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora