🚫 ESSE LIVRO É O SEGUNDO DE UMA TRILOGIA, PARA ENTENDER OS ACONTECIMENTOS É NECESSÁRIO A LEITURA DA PRIMEIRA HISTÓRIA. 🚫
🚫 A SINOPSE ABAIXO CONTÉM SPOILERS DO PRIMEIRO LIVRO. 🚫
UMA PRINCESA EXILADA.
UMA GUERREIRA CR...
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OLÍVIA
— Qual é o problema? — exclamo para Crystal.
Eu havia imaginado que ela, entre meu escasso círculo social, seria a que gostaria da minha ideia de arranjar um marido.
Ela me lança um olhar de desgosto.
— O problema é que não teria amor algum nessa união. — ela constata, como se fosse óbvio.
Reviro os olhos.
— Não estou procurando amor— jogo o sabão em cima de uma pedra, e tento encontrar as palavras certas— Veja bem eu preciso de alguém mais maleável as minhas vontades, vai facilitar na hora das discussões, ele precisa ser dócil o suficiente para me tolerar, se não vamos acabar brigando todos os dias. E claro, tem que ter uma boa aparência, ninguém merece uma noite de núpcias com um velho babão.
Crystal me lança um olhar cheio de repreensão.
— Você não pode escolher um marido como se estivesse escolhendo um cavalo, Olívia.
Suspiro, irritada.
— Não é assim que os homens escolhem suas esposas?
— Você quer isso para si mesma? Tem certeza disso? Quer passar o resto da vida com alguém tão patético que nem sequer teria ânimo para discutir com você? Alguém sem vida, sem perspectivas, que está em completa desarmonia com você?
— Olha, se eu encontrasse alguém em harmonia comigo, teria quer ser alguém tão louco quanto, e provavelmente nos mataríamos na primeira troca de palavras.
Ela bate a mão na água, espirrando água em mim.
— Ei! — grito.
— Só pare de ser cabeça dura, encontre alguém por quem sente o mínimo de carinho se acha o amor tão deplorável assim, só não aceite qualquer um para não ficar sozinha.
Torço o vestido e me levanto para estendê-lo em uma pedra junto com os outros, pensando nas palavras de Crystal durante o processo. Eu tinha descoberto, que os afazeres de casa podiam ser um calmante para uma mente barulhenta, assim como uma boa luta, então esses momentos que fiquei no rio lavando a grande trouxa de roupa que tinha trazido, eu tinha usado para refletir muito sobre minha decisão, assim como discutir com Crystal.
— Não tenho medo de ficar sozinha — comento, a solidão tinha sido minha melhor amiga até chegar em Volterra.
— Então, porque decidiu isso tão de repente?
Volto a me sentar, puxando a saia do vestido e colocando os pés dentro da água, me apoio nas mãos e encaro o céu, pensando na pergunta de Crystal.
— Eu olhei para minha cabana solitária, encarei aquele jardim bonito sem ninguém ali para apreciá-lo, é tudo tão silenciosotudo tão vazio. Eu tenho tudo que um dia achei impossível ter, e ainda assim parece que nada mudou, eu não mudei. Então pensei que talvez construir uma família com alguém fosse o nó que faltava na linha da minha nova vida. Talvez seja isso que falte não? Pessoas que possam me amar de verdade, alguém para construir alguma coisa além de dor.