CAPÍTULO 23

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OLÍVIA

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OLÍVIA

Ainda está escuro quando me levanto, o sono como sempre distante demais de mim. Não tenho pressa enquanto coloco a calça e a túnica preta, antes de sair do quarto.
O castelo inteiro parece silencioso a essa hora, e por alguns instantes sou transportada para os corredores sombrios e vazios da capital, as botas escuras dão lugar a pés pequenos e descalços, andando pelo corredor na madruga, finalmente podendo voltar para o próprio quarto.
Pisco para afastar a lembrança, antes que seja tarde demais e os demônios corram soltos.
Paro em frente a porta de Cristal, e não hesito antes de bater, não gosto de dúvidas quando tomo uma decisão.
Soco a porta com força quando ela não abre, provavelmente ainda está dormindo como um bebê, as pancadas na porta ecoam pelo corredor e posso ouvir um resmungo vindo de dentro do quarto.
O barulho de passos se aproxima, então a porta se abre, com uma Crystal despenteada e mal humorada brindo os olhos.

— Que merda está fazendo aqui ? Não são nem seis horas - ela balbucia com a voz rouca pelo sono.

—  Chega de dormir por hoje, quero começar cedo, tenho coisas importantes para resolver.


É melhor deixar de fora essas "coisas importantes" se envolvem passar em uma feira para gastar o dinheiro de Adam.

—  Começar o que ?

—  Você queria aprender a se defender, bem, essa é sua chance - dou as costas e sigo pelo corredor - Esteja em cinco minutos no pátio ou vai ter que encontrar outra pessoa para bancar a professora.
Pego o caminho em direção ao pátio com facilidade, cada canto do castelo já está gravado em minha memória. Assim que saio para fora dois guardas se levantam, reconheço apenas um que já esteve aos meus cuidados antes.

—  Você não tem permissão para sair sem escolta - sua voz grossa ecoou pelo silêncio.
Sorrio.

—  Não vou passar dos portões - levanto a mão como se estivesse fazendo um juramento, então abaixo os dedos deixando apenas o dedo médio a mostra. O outro guarda engasga em uma risada, enquanto o homem à minha frente continua inexpressivo.
Tento passar por ele, mas sua mão agarra meu pulso com firmeza. Olho para baixo e então de volta para seus olhos castanhos, contando mentalmente até dez para não quebrar mais nenhum braço.

— Se passar dos portões sozinha e for atacada, não haverá ninguém para protegê-la.

Puxo meu braço de volta com irritação.

— O dia que eu precisar da proteção de um merda como você, vai ser o dia que vou estar mortinha no chão, agora pare de me perseguir e volte ao seu trabalho.
Dou três passos antes de perceber que ele está me seguindo. Fecho os punhos com força antes de me virar.

Olívia (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora