Prólogo

14.1K 1.2K 8.3K
                                    

---------------#-----------------#--------------

Há exatamente 19 anos atrás, dia 10 de outubro, as guerras cessaram.

Mediante de incontáveis confrontos e muitas percas ao decorrer do caminho, perece que o fardo os inflou e então eles decidiram parar de sacrificar famílias, filhos, mães e pais para um bem maior; a trégua entre Uchihas e Senjus. Com um ideal pré-apresentado de conquistar um novo tempo —dessa vez— sem o uso de armamento ou batalhas sangrentas travadas, afim de finalmente haver paz entre as vilas. O acordo foi assinado e vem sendo seguido arduamente desde então, poupando uma história, talvez mais triste, sobre uma guerra inacabável entre clãs. Se queres o bem do teu povo, busque pela redenção mais lógica e humilde: aceitar suas diferenças, unir-se para um justo novo mundo. Assim foi feito por eles [Senju Hashirama e Uchiha Madara] tornando esse cenário como um veredito final. A Vila da Folha passou de: um palco de sangue e guerras, a um lugar bom e seguro de se viver. Progredir seria seu novo bordão.

Agora vamos a parte interessante — ou não — da história da minha vida. Fodida e nada casual, somente contando como eu tenho várias situações de merda que são enfiadas no meu rabo —sem lubrificante devo ressaltar— pra ser ainda mais deplorável.

Eu sou oque chamo de narrador não confiável. Então, desde já peço perdão pelo excesso de alguns palavrões, mas sinceramente.... é foda pra caralho. Nasci e cresci ouvindo histórias de como era horrível as árduas missões. Por isso, não crítico ninguém dessa geração [Hashirama, Madara, Sennis Lendários, e os Hokages] que passaram por tal tribulação. Meus pais e meu irmão Itachi, sempre me aconselharam a manter cautela em relação ao nosso clã, não perguntando muito sobre a maldição que os Uchihas carregavam e o nosso poder: o sharingan.

Me lembro, com um gosto saboroso e nostálgico, quando mais novo briguei com um carinha no colégio —da qual nem lembro o nome do infeliz— por me provocar dizendo que nosso clã iria se revelar traídores novamente, que iriamos começar outra guerra e todo esse papo estressante demais pra uma criança digerir. Confesso, meu temperamento nunca fora tão admirável; e que obviamente esse moleque não sairia impune de ter feito tamanha chacota contra minha família. Quebrei aquele pirralho no soco e despertei um tomoe de tanta raiva e devo dar ênfase, na satisfação, ao mostrar que só eu seria mais assustador que meu clã inteiro.

Foi exagerado, mas que se foda. Eu botei o moleque pra mamar.

Mas essa foi a memória mais delicada da minha infância. Sim, espancar uma criança boca grande parece ser rude, não?

Algum tempo depois, um garotinho, de estatura menor que a minha, com olhos azuis e cabelos loiros —propriamente certo dizer que bem adorável e fofo— se apresentou como Uzumaki Naruto, filho do quarto Hokage.

Nunca dei muita atenção pra pessoas que tenham algum vínculo social, político ou familiar com pessoas importantes, —na minha cabeça, achariam que eu estaria tentando me aproximar por interesse— todavia, ele esbanjava uma energia tão boa e despreocupada, que fiz a pior merda da minha infância: se tornar amigo do garotinho loiro popular.

Saímos sempre juntos pra comer, jogar video-games e brincar. Ele sempre foi agitado e criativo —uma peste ligada nos 220V, vamos ser sinceros— que nunca ficava sozinho, sempre rodeado de amigos, mas nunca jamais me deixando de lado. Por muito tempo, coloquei na minha cabeça que nossa amizade era especial, que ele me protegeria, assim como eu, protegeria ele.

Toda a merda tem um ápice concreto, no meu caso, tomei no cu dias antes de irmos pro primeiro ano do ensino médio.

—Eu não acredito que pode fazer isso comigo que sempre te defendi!— Ele gritava e esbravejava enquanto discutimos no meu quarto.
—Que porra está dizendo? Eu já disse que isso não é verdade. Acredita mais neles do que em mim? —Aquilo me doía mais que uma navalha em brasa na garganta.
—Eu já não confio mais em você, Sasuke. —Ele sai do quarto, me deixando pra trás, parado no meio quarto, prestes a deixar uma lágrima de raiva escapar dos olhos. Algum arrombado fez a sua cabeça, criando mentiras, tais como; eu estar falando mal dele pelas costas, o usando porque isso era oque me convém, visto que ele é filho do Yondaime, e de praxe: o único que andava comigo.

Luz, câmera, ação!Onde histórias criam vida. Descubra agora