23. Impaciente

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"Você balança com o meu mundo, o virando de ponta a cabeça. Eu sabia que você iria mexer com o meu coração... mas não pra querer me dar um infarto, praga."

Uchiha, Sasuke. 2021


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—Vala meu Deus, o cebo das canelas amarelas desmaiou! —Kakashi diz.

—Vem socorrer teu sogro Sasuke! —Itachi aponta pro corpo caído no chão que nem jaca madura, vulgo Minato.

—PAAAAI! —Naruto corre até ele, se abaixando e o colocando com cuidado sob suas pernas. —O senhor disse pra mamãe que não iria me dar trabalho. Então acorda logoooo!

Corro até o bebedouro, pegando um pouco de água num copo, voltando até eles com pressa. Assim que entrego o copo pro Iruka, o mesmo joga um pouco nas suas mãos e depois passa no rosto do Minato. Kakashi abana o corpo desfalecido com um pedaço de papel enquanto os outros observam com curiosidade à distância. Naruto fica sem paciência com a demora do pai em acordar então mete um tapão no rosto do mais velho.

Uepa que isso!? —Minato abre os olhos, piscando algumas vezes pra retormar a razão, passando a mão na bochecha em que o filho esbofetiou. —Caramba, mó tapão.

—Pela amor de Deus! Vai assustar outro. —Naruto encosta a sua testa na dele, sorrindo ao erguer o rosto e dá um tapinha no ombro do mais velho.

—Eu que deveria dizer isso. Se sua mãe estivesse aqui era dois tempos pra irmos juntos pra ambulância. —Minato levanta seu tronco, ficando ainda sentado no chão. —Falando em infarto, cadê aquele cara... Ah! Você, Uchiha!

—Eh, quem? —Olho pra trás cinicamente, apontando o dedo indicador pra mim mesmo ao voltar a atenção pra ele. —Eu?

—Seu miserável! Então acha que pode sair beijando bocas alheias sem assumir a responsabilidade? —Minato levanta o dedo fazendo gesto de "silêncio" para o Naruto que estava prestes a abrir a boca e se intrometer.—Eu quero seu RG, CPF e número da carteira de trabalho.

—Pai! Ngh! Mmph! —Naruto tenta falar, mas Minato tapa a boca do filho na mesma hora.

—Hehe. Eu realmente não acho que seja necessário. Estamos em trabalho, nada de vida pessoal está em critério. —Sorrio com a cara mais lavada que tenho, engolindo minhas próprias palavras ao ouvir a minha mentira esfarrapada.

—Vai bem pensando que eu nasci ontem. Água mole pedra dura tanto bate até que fura. Eu conheço bem sobre os lance. —Minato diz, tirando a mão da boca do filho, apontando pro Naruto e depois pra mim.

—Francamente pai. —Naruto se levanta, o ajudando a levantar também. —Acho que o senhor já fez hora extra aqui. Vai pra casa ou eu conto pra mamãe que o senhor me atrapalhou no trabalho. Sabe que ela vai ficar irada não sabe?

—Hm. Isso não ficará assim viu? —Minato espana a sua roupa, tirando a poeira de ter estado no chão, me olhando fixamente em seguida. Seus olhos estão semi cerrados, me ameçando. —Como dizia o Arnold. "Eu vou voltar."

—Tá bom ô Schwarzenegger. O garoto entendeu o recado. —Iruka levanta e empurra o Minato com gentileza até o Itachi, pra que ele o acompanhe na saída.  

—Tá bom tá bom, eu estou indo. —Ele diz, levantando as mãos em desistência, me encarando mais uma vez. —Saiba que eu não aceito um não como resposta. Semana que vem você vai jantar lá em casa. Conversaremos baixinho sobre isso meu jovem.

—Ai que vergonha. —Naruto coloca a mão na testa, sorrindo nervosamente depois. —Tchau pai, te vejo em casa. Vai pela sombra viu?

—Estamos indo. Obrigado pela oportunidade de visitação Kakashi. —Itachi sorri e empurra o Minato que ainda insiste em me matar múltiplas vezes com os olhos. —Pare de planejar a morte do meu irmão. Vamos.

Luz, câmera, ação!Onde histórias criam vida. Descubra agora