29. Shot

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"Aprenda a viver sem as pessoas que vivem sem você. E pra pessoa que não vive sem você, valorize, pois ela daria a vida por você."

Uchiha, Sasuke. 2021


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No silêncio daquele momento, os carros atrás de nós avisam que o sinal está verde. Naruto de repente ficou pálido, com o olhar perdido ao ver algo no celular. Meu coração aperta, como se fosse algo que envolve nós dois. Como um tipo de laço de angustia; ele sente, eu sinto junto.

—Naruto, o sinal! —Digo, ao ver uma trilha de veículos atrás de nós esperando pra ir. —Oque aconteceu contigo?

—Nada que você precise se preocupar. —Ele guarda o celular no bolso, passando a mão pelo rosto, respirando fundo, dando partida dali. —Eu vou resolver isso outra hora.

"Nada que você precise se preocupar" ele disse. O carro segue caminho até a casa do Itachi, mas os pensamentos dele estão em outro lugar, eu sinto isso. Penso que será inválido perguntar algo, então simplesmente vou analisar e tentar descobrir algo mais tarde quando sairmos.

Umas doses de cachaça e ele vai me contar tudo. Tin tin por tin tin do que ele anda escondendo.

—E então, o Itachi abrigou o Obito na casa dele é? Eu pensava que tu, teus pais e ele morassem todos juntos na tua casa. —Naruto inicia uma conversa pra quebrar o silêncio.

—O Itachi é folgado. Ele conseguiu ter um canto pra ele morar, mas vive dormindo lá em casa já que o quarto dele continua do mesmo jeito. —Digo, apoiando o cotovelo na janela, observando as ruas por uns momentos.

—Há alguns que dizem que seu irmão era um prodígio quando criança, mas ele não consegue ficar longe de vocês pelo oque parece. Isso é fofo. —Naruto diz, entrando na rua da casa do Itachi, seguindo a rota que o GPS fez.

Fofo o caramba. Ele tem a mania de negar meus pedidos, tocando na minha testa com o indicador e dizendo sempre "talvez na próxima vez".

Nota da nuvem: "Desculpa Sasuke, não haverá uma próxima vez" ai ai, DOR.

—Seu irmão é gentil. Ele cuida e se preocupa com os seus pais. Contigo principalmente. —Ele estaciona o carro assim que chegamos em frente a casa. —Você é o único irmão dele. Talvez ser protetor não significa atender todos os seus pedidos. Ele não te mima nesse quesito.

—Você é o irmão dele ou eu? Por que tá defendendo tanto ele? Te orienta, Naruto-kun. —Solto o cinto de segurança, abrindo a porta do carro, o encarando antes de sair. —Sabe, facas podem voar...

—Ele será meu cunhado, então devo conquistar sua confiança, o apoiando com palavras. —Naruto sorri, sai do carro e tranca a porta.

—Com toda certeza ele já foi conquistado por essa sua maldita lábia e charme natural... —Sussurro pra mim mesmo, quase inaudível, revirando os olhos ao perceber oque acabei de pronunciar.

Caminhamos até a entrada da casa. Em frente a porta, há um tapete escrito —doces palavras bordadas— no tecido grosso. Algo do tipo: "Se você não for bonito ou Uchiha, cai fora"

—Que legal. —Naruto diz e toca a campainha com toda a autoconfiança que ele exala sem muito esforço. —Então eu sou bem vindo aqui.

Ser absurdamente bonito assim deveria ser crime. Eu seria a maior vítima nessa história toda.

—É Uchiha ou é bonito? Só entra se seguir essas regras. —Uma voz conhecida grita do lado de dentro da casa.

—Somos os dois. Uchiha Sasuke e Uzumaki Naruto, pra ser mais exato. —Respondo.

Luz, câmera, ação!Onde histórias criam vida. Descubra agora