12. A chance do Sasuke

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"O sol ilumina a terra de dia, a lua iluminava a noite sombria, e por um momento, anos após anos, eles podiam se encontrar num eclipse. A chama ardente entre ambos jamais cessaria enquanto um depender do outro."

Uchiha, Sasuke. 2021


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Metódicos fatores me levaram até o seu encontro. Ainda não sei a real natureza do que nos separou, mas cá estamos, novamente juntos. E seria por acaso o destino me pregando mais uma de suas peça ou estará realmente acontecendo algo de bom na minha vida pessoal? Jubileu está esquisito, tenho medo.

—Sasuke? —Ouço uma voz vindo do lado de fora do quarto. É a Mikoto. —Posso entrar?

—Entra mãe. —Ela abre a porta, entra e fecha devagar, caminhando em direção da cama, onde estou completamente jogado em derrota pelo últimos acontecimentos. —Papai tá dormindo?

—Ele tá lá roncando que nem um porco. Me levantei quando escutei a porta da frente abrir. Olhei pela janela e vi o Naruto indo embora. —Ela se aproxima, como quem está prestes a contar a fofoca do ano. —E ele estava todo empolgado. Sorrindo pro vento e tudo mais. Oque vocês dois aprontaram nessa festa hein? Pode contar pra mamãe.

Ih Mikoto, sei se é bom contar não. Envolve um assuntos mais agropecuários, do tipo leite e afins.

—Mãe. —Respiro fundo, olhando pro rumo horizonte, com uma expressão triste e abatida, os olhos marejados, fingindo dor. —Ele covardemente me seduziu e me usou.

Seu drama queen de beira de esquina. E ainda quer ser ator um merda desse. Meu subconsciente debocha.

—Tem certeza que você estudou atuação meu filho? Você diz uma coisa, mas esse sorriso disfarçado no seu rosto entrega tudo com mais clareza. —Mikoto pergunta, tendo como reposta a minha ação de colocar as mãos no rosto, na tentativa de fugir dessa interrogação. Ela dá um tapa no topo da minha cabeça. —Oh moloque! Não adianta se esconder. Me conta!

—Eu não quero contar. —Esfrego o topo da minha cabeça, onde foi desferido o golpe, enrolado pra dizer algo.

—Certo. Ou você me conta oqurle aconteceu ou eu conto pro seus amigos do trabalho que você tem dezenove anos e ainda usa uma cueca com minis tomates desenhados por ela toda. —Ela ameaça.

Golpe baixo até mesmo pra você Mikoto.

—Tá tá. Eu conto. —Dou uma pausa dramática, passando as mãos pelos cabelos, relembrando da cena e tentando encontrar as palavras menos pesadas para dar tal descrição. —O Naruto e eu, nós dois... Eh, tivemos um breve, como eu posso descrever? Arrepios? Isso, uns leves arrepios.

—Arrepios? Que tipo de descrição é essa Sasuke? —Ela coloca a mão na testa, em desaprovação. —Ai meu Deus garoto, desenbucha logo. Vocês dois estão... como se diz na sua geração? "Ficando" certo?

Minha mãe pisou, quebrou, passou com o triturador no sapatinho de cristal até virar Sangwoo (pó) e jogou pra casa do caralh...

—Que droga mãe. —Cruzo os braços, franzindo a testa. —A senhora parece o Itachi. Sempre sabe de tudo ou já pensou em tudo.

—Mamãe ama, mamãe cuida. —Ela sorri e coloca a mão no meu rosto, fazendo carinho na minha bochecha. —Eu quero o melhor pra você, meu tomatinho.

Tomatinho kkkkk. Neném da mamãe ainda precisa vestir a fraldinha pra dormir? Meu subconsciente ri de mim, em um completo desrespeito auto-direcionado.

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