44. Bonnie e Clyde

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"Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."

Machado de Assis em Memórias Póstumas de Brás Cubas.


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Nota da nuvem: Preciso de +1000 comentários em 48h pra suprir minha auto estima como escritora. Amo vocês nuvemzinhas ❤

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[Pov: Sasuke]

Estamos numa reta final, de uma história que começou com sorrisos e agora se caminha para um completo caos.

O fim é sempre melancólico, mas somente se acometido de fatos inconclusivos. Não será assim a conclusão dos fatos da minha vida. Uma vez sendo perseguido por longos três —ou talvez quatro— anos por um stalker, percebo que não posso suportar mais esse empecilho auto proclamado " serpente sob a rosa".

Ele se acha inteligente, mas o jogo dele está desmoronando sem o mesmo perceber. Pense nisso por um momento: a verdadeira serpente que me sequestrou estava na festa, pois só havia convidados. Não tinha como ser o Kabuto, já que ele não conseguiria passar da entrada sem um convite.

Use a mente Sasuke e pense um pouco. Se ele manipulou o Sai, com certeza o Kabuto seja mais um controlado por ele.

Talvez ele seja uma marionete assim como o Sai foi, sendo útil e descartável a qualquer momento. Esse maldito stalker tem mais status e poder do que eu imaginaria, persistindo em se esconder nas peças mais fracas do jogo. Que covarde...

—Sasuke. —Ouço a única voz capaz de me tirar do turbilhão de pensamentos. —Precisamos ir atrás do Kabuto. Tirar essa confissão dele a força. —Naruto usa uma voz calma, fracassando mesmo assim em esconder sua frustração e raiva.

—Me escuta e presta atenção. —Aproximo minhas mãos da sua cabeça e o puxo pra perto de mim. —Tenho quase certeza que não é ele. A pessoa que me sequestrou estava na festa. —Murmuro devagar.

Naruto franze o cenho e fica brevemente confuso, mas não desaprova minha teoria.

—Se isso for verdade, estaremos lidando com alguém de status maior do que somos capaz de enfrentar. Temos que ir de qualquer jeito atrás do Kabuto. Tentar obter alguma informação sobre pra quem ele trabalha e o saber o porquê. —Naruto acaricia minhas bochechas sutilmente, encorajando-me. 

Um barulho de estrondo nos assusta. A porta está escancarada e uma sombra surge agitada.

Corre negadaaaa! —Kakashi vem em nossa direção e nos puxa pra fora da sala.

—Que que tá acontecendo? Que que tá acontecendo? —Naruto pergunta enquanto somos forçados a correr.

—A casa caiu. Vão prender a gente- Ah!? —Kakashi tromba nos policiais.

Ei você, parado! —Diz o policial.

Meu pau no teu rabo! —Novamente estamos correndo.

—Não era a hora certa de dizer isso seu maluco! —Digo, correndo mais rápido que posso.

Mamãe vai me deixar de castigo se eu for preso. Espera, eu tenho 19 anos? Por que eu ainda caio na conversa dela?

—Vejo vocês no tribunal. — Deidara e Obito dizem quando passamos correndo por eles.

A saída é logo a frente. A luz do lado de fora parece tão brilhante, meus músculos agem para que eu corra mais rápido. Só alguns passos pra liberdade mas para meu desespero Naruto foi alcançado por um policial que o segurava pelo braço.

Luz, câmera, ação!Onde histórias criam vida. Descubra agora