Capítulo 4

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No dia seguinte, eu dormi até de tarde. Acordei com fome e não achei nada de interessante na geladeira, então resolvi pedir uma pizza. Enquanto eu a esperava chegar, decidi dar uma olhada no meu trabalho. Eu havia o deixado de lado para ajudar Sam, mas logo teria que adaptar minha nova rotina à pesquisa. Eu estava fazendo a árvore genealógica dos Ateara e colhendo o máximo de informação possível dos antepassados da família. Provavelmente teria que passar na casa do velho Quil essa semana. Minhas anotações também estavam uma bagunça e era melhor passar tudo para o computador o mais rápido possível.

Quando a comida chegou, comi em silêncio na mesa da cozinha. Eu não estava a fim de ver televisão e minha cabeça estava lotada com os acontecimentos recentes. Para alguém que queria se distanciar o máximo possível do sobrenatural, eu tinha acabado no meio do olho do furacão. Não que eu não gostasse da magia, era muito bom. Mas com ela normalmente vinham problemas e eu só queria paz, viver uma vida normal dentro do possível.

Meu celular vibrou me tirando dos meus devaneios. Era Sam.

Sam: Emily voltou pra casa.

Cat: Vai ver ela?

Enviei. Enquanto esperava ele responder, coloquei a louça para lavar e guardei o resto de comida na geladeira.

Sam: Não sei. Acha que eu devo?

Cat: A questão é: você consegue se manter calmo?

Mordi o lábio e tamborilei os dedos na mesa encarando o celular.

Sam: Acho que sim...

Cat: Acha?

Cat: Você realmente acha que é prudente vê-la agora ou é o impriting falando mais alto?

Sam demorou cerca de meia hora para responder minha pergunta.

Sam: Impriting.

Cat: Se acalme e vá lá quando estiver mais seguro.

Cat: Ela também deve estar tentando entender o que diabos aconteceu.

Sam: Ok.

Sam: Obrigado.

Cat: Precisa que eu vá aí?

Sam: Não. Pode descansar.

Sam: Beijos.

Cat: Beijos.

Depois disso, eu passei o resto da semana atolada no trabalho, colocando minhas anotações em ordem e selecionando quais seriam as próximas coisas que eu teria que fazer. No sábado, no meio da tarde, o lobo de La Push tocou a minha campainha.

- Falei com ela. – Ele disse afobado assim que eu abri a porta.

- E aí? – Fiz sinal para que ele entrasse. Ele passou por mim quase quicando de felicidade.

- Ela é incrível! – Eu nunca tinha o visto sorrir assim. Ri com sua animação.

- Tá. Mas e a coisa de lobo? O que ela disse?

- Ela entendeu! E me perdoou. – Suspirou aliviado – Falou que sabia que não foi por querer... Foi tão tranquilo... Eu nem acreditei de primeira!

Ri mais ainda, a felicidade de Sam era contagiante.

- Você merece um pouco de tranquilidade, Uley.

Eternidade - Carlisle CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora