Nos meses seguintes, eu quase não voltava para casa. Com o fim da minha pesquisa, meus dias ficariam vazios se não fossem pelas longas chamadas de vídeo com os meus pais e pela forma com que todos os Cullen se esforçavam para que eu estivesse sempre ocupada. Eu sabia que eles tentavam evitar que eu pensasse muito no que tinha acontecido, mas, apesar de ainda sentir uma pontada de tristeza sempre que o assunto vinha a minha mente, eu estava gostando de poder compartilhar esses momentos com eles. Fiz mais compras com Alice do que achei que seria possível, Jasper me ensinou a jogar xadrez – e eu vergonhosamente perdi todas as partidas -, fui a alguns jogos de futebol americano com Emmett, passei várias tardes com Rosalie enquanto ela mexia incansavelmente nos carros da família e comecei o que poderia ser chamado de clube do livro com Edward e Bella.
A humana havia se sentido terrivelmente culpada quando soube o que aconteceu, mas da mesma forma com que eu não podia jogar a responsabilidade para cima de Edward, eu não poderia fazer o mesmo com ela – nem mesmo com Charlie, uma vez que ele nunca soube que o meu relacionamento com Carlisle era segredo.
Eu também nunca mais tive contato com nenhum dos meninos da matilha, mesmo depois das incontáveis vezes que tentei ligar para todos eles – era como se os meses que passamos juntos, nossa amizade, nunca tivesse existido. Por isso, quando estacionei o carro na frente da minha quase abandonada casa, fiquei surpresa ao ver Jacob sentado na varanda.
- Hey, Catarina! – Ele se levantou assim que sai do carro.
- Hey, Jake? O que você está fazendo aqui?
- Nossa, eu não posso nem mais visitar minha amiga? – Ele se fingiu de ofendido.
- Claro que pode, Jake. – Revirei os olhos - Mas seu pai sabe que você está aqui?
O menino olhou para baixo, antes de voltar o rosto envergonhado para mim:
- Cat, eu queria te pedir desculpas. É um absurdo como aquele velho supersticioso e o pessoal da reserva tem te tratado.
- Não fale assim do seu pai, Jake. – O repreendi.
- Ah, pelo amor de Deus! – Ele jogou os braços para cima – Isso é tão ridículo! E daí que você namora do Dr. Cullen?!
Eu ri fraco com a inocência dele antes de abrir a porta de casa e chamá-lo para dentro.
- Honestamente, eu não sei o que ele e o idiota do Samuel Uley tem na cabeça!
Engoli em seco ao ouvir o nome de Sam.
- Hmm... Então você já sabe que eu e o Sam não estamos nos falando? – Murmurei.
- Sim. O babaca deixou bem claro. – Ele revirou os olhos – Meu pai nem teve a decência de me contar. Só descobri quando fui na casa do Uley perguntar por você. Ele quase surtou, sério! Eu duvido que ele esteja assim só por causa de uma lenda idiota dessas... Pra mim, o cara era caidinho por você.
Mordi o interior da bochecha enquanto abria a geladeira.
- Quer beber alguma coisa? – Perguntei tentando desviar do assunto.
- Ah, qual é Cat! – O Black se jogou em uma das cadeiras da cozinha – Nem vem. O que realmente aconteceu? Eu estou certo sobre a paixão do Sam?
Arqueei minhas sobrancelhas para ele.
- Eles realmente acreditam nas lendas. – Dei de ombros – Então, bem... Já que eu estou com os Cullen...
- Isso faz de você uma fria? – Jacob debochou – Que bela merda.
- Eu não acho que você deva gastar sua energia ficando bravo com isso. E você sempre pode vir aqui me ver. Apesar de achar que seu pai vai acabar te proibindo...
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Eternidade - Carlisle Cullen
FanfictionCatarina Woodville havia decidido que apesar dos seus poderes viveria uma vida normal. Infelizmente, o destino quis diferente e ela acabou se vendo afundada no mundo sobrenatural. Mas isso já não era problema, pois agora ela tinha ele: Carlisle.